quinta-feira, 29 de novembro de 2012

sábado, 24 de novembro de 2012

oldies but goodies from xobelinda on 8tracks Radio.

Recepcionista

Descrição do Cargo de Recepcionista Recepcionar e prestar serviços de apoio a clientes, pacientes, hóspedes, visitantes e passageiros; prestar atendimento telefônico e fornecer informações em escritórios, consultórios, hoteis, hospitais, bancos, aeroportos e outros estabelecimentos; marcar entrevistas ou consultas e receber clientes ou visitantes; averiguar suas necessidades e dirigir ao lugar ou a pessoa procurados; agendar serviços, reservar (hotéis e passagens) e indicar acomodações em hotéis e estabelecimentos similares; observar normas internas de segurança, conferindo documentos e idoneidade dos clientes e notificando seguranças sobre presenças estranhas; fechar contas e estadas de clientes. Organizar informações e planejar o trabalho do cotidiano. Formação necessária para ser Recepcionista Para os profissionais que desejam especializar-se nesta área, as opções de programas são diversas, passando por temas como gestão empresarial, negócios internacionais, métodos quantitativos, economia de empresas, operações logísticas, marketing e tecnologia, entre outros. Estudos voltados para o meio ambiente e para a administração universitária também se encaixam em alguns programas do país. São aceites como alunos destes cursos os profissionais graduados em Administração de Empresas, Direito, Ciências Contáveis, Ciências Econômicas e Engenharia. Formação Básica Para atuar como Recepcionista, não há exigências quanto à formação, no entanto é importante que o profissional tenha o Ensino Secundário completo e bons conhecimentos na língua portuguesa. O profissional que tiver conhecimentos em outros idiomas terá um diferencial no momento da contratação. Mercado de Trabalho para Recepcionista O mercado não apresenta perspectivas de crescimento nesta área. Aspectos Favoráveis Nos últimos anos houve um aumento do número de empregos no mercado formal nesta área, no entanto as preferências são dadas aos profissionais com alguma experiência, ou que tenham cursos de especialização em vendas, computação, organização, recepção, entre outros.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mentiras da sedução

Sexóloga analisa como a mentira pode ser saudável durante a fase da conquista em relacionamento 21/11/2012 Por Maria Helena Matarazzo* Sexo e amor podem parecer poços profundos, e dentro desses poços muitas vezes podem caber mentiras. No jogo da conquista, tanto os homens como as mulheres mentem para poder se aproximar e para se afastar, para conseguir se encontrar, se ligar, e também para deixar de se encontrar. Na verdade, existem vários tipos de mentira. As clássicas são aquelas que um homem conta, por exemplo, para conseguir transar com uma mulher. Nesses casos, ele por vezes diz que não é casado quando é ou que vai se separar quando não tem menor intenção de fazê-lo. A mulher, por sua vez, mente mandando mensagens contraditórias. Pode dizer: "Você é bom, ótimo, excelente, volte sempre", quando não pensa nada disso. Ou diz: "Eu juro que vou", quando não sabe se vai. Numa ponta da escala está a mentira soft, dita de leve, mais para proteger o outro ou para se proteger ("Vou só pegar uma bebida e já volto") na outra a mentira hard deslavada, com a intenção de enganar, de ludibriar, do tipo "Você pode me contar, eu nunca vou contar para ninguém". No meio da escala, vamos encontrar a mentira bem trabalhada. São aqueles casos em que, por exemplo, você dá ao outro "liberdade sexual condicional", ou seja, "faça o que quiser, exceto...". É como se dissesse: "Você é livre contanto que eu não saiba de nada, que você não se apaixone, que isso não dure, que você não fale de mim, que eu possa fazer igual, etc". E entre tantas outras existe ainda a mentira enrolada. Você mente e depois desmente, diz que não transou quando transou e que transou quando não transou. No palco da vida, a maioria das pessoas mente ocasionalmente, mas existem aquelas que mentem compulsivamente. Diz-se que sete é conta de mentiroso talvez porque quando você conta uma mentira depois precisa contar mais seis para encobrir a primeira e assim por diante. No dia-a-dia você pode usar a mentira como um escudo ou uma espada. A espada são mentiras que ameaçam, que machucam, que destroem, como inventar histórias ou mentir por inveja, por vingança. "Eu acabo com a reputação dela se ela falar mal de mim". Essas são as mentiras perigosas, malignas, ou seja, o lado negro da mentira. Mas existem as mentiras benignas, as white lies, ou seja, o lado branco da mentira. Essas são mentiras triviais, sem importância, desculpas por ter se esquecido de alguma cosia ou por ter chegado atrasado. São às vezes uma meia mentira ou uma meia verdade. Na fase de sedução, ninguém conta a verdade, toda a verdade e nada além da verdade. Sedução implica mistério, se descobrir, se desvendar. Mas pouco a pouco os lances são jogados, de uma nova maneira. O que importa não é mais blefar, mentir para impressionar, para melhorar a própria imagem. Pouco a pouco você vai deixando dicas e vendo como o outro reage. Mostrando que no seu baralho não existem só quatro ases e um curinga, mas muitas outras cartas. A vontade é poder se revelar, se exprimir sem precisar enganar, sem precisar trapacear para ser amado. Se a mentira dominar, o risco será a perda do outro, porque as zonas de mentira são contagiosas, ampliam-se , propagam-se e impedem a descoberta, o encontro para valer. A vontade é amar o outro por ele mesmo, descobrindo-o. Amá-lo por aquilo que ele é de fato e revela. Não só para fazer um jogo de aparências e ser um casal vitrine em que cada nova mentira convoca outra, porque nesse tipo de jogo existe sempre uma agenda escondida e pode-se chegar a um ponto em que basta uma mentira deslavada para liquidar a relação à queima-roupa. Portanto, a vontade é encontrar a realidade do outro e assim descobrir a verdade. *Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Amar é Preciso e Namorantes.

sábado, 17 de novembro de 2012

Soldador

Descrição do Cargo de Soldador Soldador(a) executa a soldadura de conjuntos e estruturas metalomecânicas, seguindo instruções técnicas e cumprindo as exigências de qualidade expressas em normas e códigos. Objectivo O objectivo global deste curso baseia-se em efectuar a soldadura de conjuntos, estruturas e tubagens metálicas, utilizando os equipamentos e as ferramentas adequados, de acordo com as instruções técnicas e cumprindo as exigências de qualidade expressas nas normas e códigos específicos da actividade e respeitando as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho e de protecção do ambiente. Pré-Requisitos 6º Ano e escolaridade Idade superior a 18 anos. Aprovação nas provas de selecção. Inscrição no Centro de Emprego da área de residência Actividades Principais Montar e pontear elementos de conjuntos de construção metálica ; Preparar as peças e os bordos das juntas a soldar; Executar a soldadura de elementos de conjuntos e tubos metálicos pelo processo de brasagem e soldo-brasagem (oxigás); Executar a soldadura de conjuntos e estruturas metálicas pelo processo eléctrico a arco, manual, com eléctrodos revestidos, SER -111; Executar a soldadura de conjuntos, estruturas metálicas pelo processo eléctrico a arco, MAG/FF – 135/136.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Como agir com pessoas falsas

Creio que não exista no planeta Terra quem nunca conheceu uma pessoa falsa. Afinal, não podemos esperar trabalhar e viver em um lugar que não tenha pessoas falsas. E, mais ainda, não existe quem nunca se perguntou: como devo agir com esta pessoa, de maneira que ela não possa me prejudicar? Em primeiro lugar, tenhamos sempre em mente que é necessário tolerar muitas atitudes alheias e que não podemos forçar as pessoas a agir da maneira que achamos correta. Antes de darmos as dicas de como lidar com pessoas falsas, é necessário verificar se a sua impressão está correta. Pare e pense: Por que você acha que esta pessoa é falsa? Se ela algumas vezes acaba traindo sua confiança, você pode estar apenas decepcionado, não significa que aquela pessoa é uma fraude. Lembre que ninguém é perfeito. Agora, se no seu trabalho ou na sociedade você convive com alguém que é dissimulado, gosta de provocar intrigas enquanto finge que é sua amiga desde o jardim de infância, damos algumas dicas: Não fale tudo sobre você logo que conhece alguém, ainda que a pessoa lhe conte coisas pessoais. Afinal, para um dissimulado, este é o melhor modo de conquistar a sua confiança; Repare se a pessoa conta uma mesma historia diversas vezes, porém com mudanças no conteúdo. Isso aumenta a probabilidade da história ser uma mentira; Pessoas falsas costumam bajular muito, elogiam sua roupa, seu cabelo, seu senso de humor, adoram fazer carinhos e dar abraços, fazer vozes infantis, tudo isso sem intimidade, somente para fixar que são confiáveis. Não confunda com os elogios coerentes, esses são bem vindos; Pessoas falsas não conseguem conversar olhando nos olhos por muito tempo, acabam sempre desviando o olhar; Quando você tem uma vitória em sua vida, o falso não consegue expressar felicidade pelo que aconteceu a você. Ou ele terá uma reação exagerada com um sorriso amarelo ou simplesmente um aperto de mão; Sempre dúvida quando ouve você contar uma conquista pessoal ou profissional. E emenda uma historia dele parecida, porém com uma vitória que, aos olhos dele, parece infinitamente maior; Se você ganha algo e ele não, o falso muda de comportamento. Na maioria das vezes, ele passa a agradá-la e a bajulá-la em excesso; Quer fazer a prova final para saber se um colega de trabalho é sincero? Conte algo inofensivo para ele e espere alguns dias. Se todo mundo ficar sabendo, cuidado com essa pessoa; O melhor a fazer ao identificar uma pessoa falsa, é manter uma postura formal, procurando sustentar o nível de educação elevado, dificultando assim a aproximação desta pessoa, que com o tempo se afastará por si só.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

While You Were Sleeping from l.doan on 8tracks Radio.

Hopeless Wanderer from EatsLoveForBreakfast on 8tracks Radio.

Como distinguir o amigo do bajulador ? Plutarco (Parte II)

No artigo anterior, vimos com Plutarco porque somos responsáveis por nos cercarmos de bajuladores. Dentre os indícios daquele que quer se passar por amigo, mas não é, alertou que o bajulador visa somente seu próprio bem e bajula àqueles de quem possa obter benefícios; que é invejoso e, evita se opor às opiniões dos bajulados. Se faz de semelhante, mas a inconstância e a volubilidade o denunciam. A fim de saber lidar com esses oportunistas que intentam agradar a todo custo e não nos tornemos assim, prossigamos em sua obra. O bajulador, diz o sábio, faz questão que o bajulado ganhe dele em tudo, pois não aspira à igualdade. Enquanto o amigo é agradável, mas eventualmente é também causa de desprazer (se achar que deve sê-lo), o bajulador crê que deve ser somente agradável e o que mais faz é elogiar. Isso é prejudicial, pois embota uma noção isenta sobre nós mesmos: “(...) Mas que terríveis consequências tem comumente esse louvor que, acostumando-nos a olhar nossos vícios como virtudes (…) tira do mal a vergonha que ele naturalmente deve inspirar.”, afirma Platão. Flagramo-los quando observamos as concessões e deferências fingidas que concedem – não à experiência, à virtude ou à idade –, mas à riqueza e ao poder. Por conta da existência de uma vasta corja de bajuladores, Carnéades dizia que a única coisa que os filhos dos reis e dos ricos aprendem convenientemente é montar a cavalo e mais nada, pois: “(...) o cavalo, incapaz de distinguir um simples particular de um notável, ou um rico de um pobre, e bem longe de se preocupar com isso, sacode da sela todo aquele que não sabe montar”. São francos. A verdadeira franqueza, diz Plutarco, aquela que caracteriza a amizade, empenha-se não apenas em corrigir, mas também em curar as falhas. A aparente franqueza do bajulador, se posta em prova, revela-se branda, superficial, desprovida de peso e energia. Embora anseie pela reputação de inimigo do vício, o bajulador se revela quando é grosseiro e intratável com os domésticos e demais subordinados, enérgico em apontar as faltas dos parentes e dos amigos e, diante de estranhos, não manifesta respeito, mas desprezo aos que não lhe interessam. Afetado por uma “altiva severidade”, porém omisso com coisas sérias, finge que não vê as faltas capitais, que ignora as questões reais de quem lhe interesse: “Mas fica furioso quando se trata de se manifestar sobre os pecadilhos leves e exteriores (…)”. Assim, busca construir sua reputação. Bajulações podem ser perigosas se se dirigem a homens pouco habituados a refletir. O único meio de lutar contra isso é tomar consciência das próprias falhas: “(…) nossa alma é a sede de duas faculdades; uma é dotada de sinceridade, beleza e razão, a outra, desprovida de senso, é um teatro de mentiras e violentas paixões (…).” Atento à nossa vulnerabilidade, o bajulador faz “suscitar a elevação insuportável e oca do orgulho (...)”. Plutarco dá-nos o pharmakon: se formos “(...) conscientes de nossas ambições, de nossas indelicadezas e de nossas covardias, é impossível que não desmascaremos um bajulador: [que] é o apologista infatigável de nossas paixões (...)”. Reconhece-se o bajulador por sua devoção. Eles nos cercam, diz Plutarco, com “a solicitude afetada de uma cortesã (...)”. Ao contrário, a conduta do amigo, citando Eurípides, “é simples como uma palavra de verdade, sem rodeios e sem dissimulação (...)”. Sensato é evitar ansiarmos por uma plateia que nos aplauda o tempo todo: “Escolhe como amigos aqueles que não fazem concessão, mas que um ferrolho defenda tua corte dos perversos (…)”. Infelizmente, comumente, agimos de maneira inversa, procuramos “fugir dos que não nos fazem nenhuma concessão (…), enquanto [deixamo-nos acompanhar por] esses vis impostores, que só sabem agradar por bajulações servis (...)”. Os serviços prestados pelo bajulador dispensam a moral: “(...) qualquer coisa infame e vergonhosa que se lhe queira ordenar, ele está pronto a esforçar-se para agradar (...)”. Ao revés, um bom amigo não participa do que é desonesto: “Deve-se ajudar seu amigo em seus empreendimentos, mas não em seus crimes; deve-se ser um conselheiro e não um conspirador, um fiador, não um cúmplice, um companheiro de infortúnios, sim, por Zeus, mas não um conivente nos erros”. Plutarco afirma que “nada é mais doce que partilhar com muitas pessoas os sentimentos de uma benevolência recíproca (...)”. Razão pela qual é natural que nos empenhemos para que outros também desfrutem de nossos bons amigos. O bajulador não pensa assim, pois teme ser desmascarado: “(…), sentindo que, em comparação com um amigo verdadeiro, sólido e de boa índole, se reconhecerá como ele é frívolo, falso e trapaceiro (...)”. Nesse contexto, tenta afastar os amigos do bajulado. Quando não consegue, finge bajulá-los enquanto semeia calúnias e fomenta intrigas. É nossa boa impressão sobre nós mesmos, insiste o autor, uma das causas que nos torna vulneráveis à bajulação. Convém acalentar o hábito de considerar nossas faltas, nossos erros, atentarmo-nos à autocrítica e às críticas apontadas com franqueza pelo amigo, quando agimos mal. Por outro lado, se queremos ser amigos e não bajuladores dos demais, é preciso compreender o tipo de franqueza que os distingue. A franqueza deve ser moderada, pois: “Se é vergonhoso tornar-se bajulador procurando agradar, não o é menos entregar-se, para evitar a bajulação, a uma franqueza imoderada, que destrói a amizade e a solicitude”. Pronunciar palavras mordazes a um homem infeliz, longe de curar ou aliviar seu mal (preocupação de um amigo), extenua-se um coração já magoado e, aquele que pensa que dizer injúrias é falar com franqueza, não passa de um grosseiro, diz Plutarco. Enquanto a discreta franqueza que prodigaliza uma lição moral é do domínio da amizade e da nobreza – “(...) impossível resistir a uma franqueza cuja doçura dê mais peso à advertência” –, as censuras frias revelam estreiteza de espírito. A prepotência deve ser excluída da franqueza: “(...) devemos, de alguma maneira, varrer todo traço de insolência, ridículo, gracejo ou zombaria (…) a franqueza pode admitir habilidade e elegância, contanto que a benevolência preserve a dignidade (...)”. Ocasião favorável para usar de franqueza com um amigo é aquela em que ele se torna humilhado e embaraçado pelas censuras que outros lhe fizeram a respeito de seus erros. Mas, para tanto, necessita-se de autoridade moral. Plutarco ensina que, se um homem frívolo e sem valor moral se põe a falar com franqueza, pode-se objetar: “Todo coberto de pústulas, queres cuidar dos outros?”. Sensível, o autor diz que uma alma afetada por uma paixão violenta não suporta franqueza demais. Correções ditadas por um genuíno sentimento de benevolência e amizade nos orientam e confortam. Após delicada franqueza numa advertência ao amigo, evitemos findar a conversa com palavras mordazes que possam humilhá-lo, deixando-o à mercê de sofrimentos. Solidário, o verdadeiro amigo jamais nos abandona.

Trate os outros como Deus deseja que os tratemos

O QUE lhe vem à mente quando se fala na antiga Tiro? Muitos cristãos talvez se lembrem de como as profecias se cumpriram quando Alexandre, o Grande, raspou os entulhos das ruínas da Tiro continental e construiu um aterro até a cidade-ilha de Tiro, que era mais nova, e a destruiu. (Ezequiel 26:4, 12; Zacarias 9:3, 4) Mas será que a menção de Tiro o faz pensar em como tratar seus irmãos espirituais, ou outros, e em como não os tratar? 2 Por que Tiro foi destruída? “Por causa de três revoltas de Tiro . . . , por entregarem a Edom um grupo inteiro de exilados e por não se terem lembrado do pacto de irmãos. E vou enviar fogo sobre a muralha de Tiro.” (Amós 1:9, 10) Em tempos anteriores, o Rei Hirão, de Tiro, havia mostrado boa vontade para com Davi e fornecido materiais para o templo de Salomão. Este fez um pacto com Hirão e deu-lhe cidades na Galiléia. Hirão chamou Salomão de “meu irmão”. (1 Reis 5:1-18; 9:10-13, 26-28; 2 Samuel 5:11) Quando Tiro ‘não se lembrou do pacto de irmãos’ e vendeu alguns do povo de Deus como escravos, isso não passou despercebido por Jeová. 3 Que lição podemos tirar do fato de que Deus condenou os cananeus de Tiro por terem tratado mal o Seu povo? Uma lição básica envolve como tratamos nossos irmãos espirituais. Em capítulos anteriores deste livro examinamos alguns conselhos dos 12 profetas sobre como tratar os outros, tais como ser justo nas práticas comerciais e casto na conduta. Mas esses 12 livros contêm mais indicações sobre como Deus deseja que tratemos os outros. NÃO SE ALEGRE COM A DESGRAÇA ALHEIA 4 Pode-se aprender uma lição da condenação de Deus contra Edom, um país que ficava perto de Israel: “Não devias ter contemplado o espetáculo no dia de teu irmão, no dia do seu infortúnio; e não te devias ter alegrado sobre os filhos de Judá no dia de seu perecimento.” (Obadias 12) Os tírios talvez fossem “irmãos” nos tratos comerciais, mas os edomitas eram “irmãos” de Israel no verdadeiro sentido, pois descendiam de Esaú, gêmeo de Jacó. Até mesmo Jeová chamou os edomitas de “irmãos” de Israel. (Deuteronômio 2:1-4) Assim, foi realmente odioso os edomitas se alegrarem quando os judeus sofreram calamidade às mãos dos babilônios. — Ezequiel 25:12-14. 5 Deus obviamente não aprovou o modo como os edomitas trataram seus irmãos judeus. Mas pode-se perguntar: ‘Como Deus avaliaria o modo como eu trato meus irmãos?’ Algo a pensar é como encaramos e tratamos um irmão quando há desacordos. Por exemplo, suponha que um cristão o tenha ofendido ou tido um problema com um parente seu. Se você “tiver razão para queixa” contra esse irmão, ficará ressentido, não esquecerá o assunto nem tentará resolvê-lo? (Colossenses 3:13; Josué 22:9-30; Mateus 5:23, 24) Essa atitude poderá influir nas suas relações com esse irmão; poderá tratá-lo com frieza, evitar sua companhia ou falar mal dele. Ampliando o exemplo, imagine que esse irmão mais tarde cometa um erro, vindo até mesmo a precisar de conselhos ou de correção por parte dos anciãos da congregação. (Gálatas 6:1) Será que você refletiria o espírito dos edomitas e se alegraria com as dificuldades desse irmão? Como Deus gostaria que você agisse? 6 Jeová fez com que Zacarias mencionasse Seu desejo de ‘não maquinarmos nada de mau um contra o outro nos nossos corações’. (Zacarias 7:9, 10; 8:17) Esse conselho se aplica quando achamos que um irmão nos prejudicou ou agiu mal com alguém da nossa família. Nesses casos, é fácil ‘maquinar o mal no coração’ e, depois, refletir isso nas nossas ações. Mas Deus deseja que imitemos seu bom exemplo. Lembre-se de que Miquéias escreveu que Jeová ‘perdoa o erro e passa por alto a transgressão’.* (Miquéias 7:18) Como podemos aplicar isso? 7 Talvez estejamos magoados com o que se fez a nós ou a um parente, mas é algo realmente sério? A Bíblia delineia os passos a ser dados para resolver desavenças, até mesmo quando se peca contra um irmão. No entanto, muitas vezes é melhor simplesmente desconsiderar o erro ou a ofensa, ou seja, ‘passar por alto a transgressão’. Pergunte-se: ‘Será essa uma das 77 vezes que eu devo perdoá-lo? Por que não simplesmente esquecer o assunto?’ (Mateus 18:15-17, 21, 22) Mesmo que a ofensa pareça grande agora, será assim daqui a mil anos? Aprenda uma lição básica do comentário em Eclesiastes 5:20 sobre o trabalhador que se delicia com o alimento e a bebida: “Raramente [ele] fica pensando na brevidade de sua vida, porque Deus o mantém ocupado com a alegria do coração.” (Nova Versão Internacional) À medida que a pessoa alegremente se concentra nos seus prazeres do momento, ela tende a esquecer os problemas da vida diária. Podemos imitar essa atitude? Se nos concentrarmos nas alegrias de nossa fraternidade cristã, conseguiremos esquecer assuntos sem importância permanente, dos quais não mais nos lembraremos no novo mundo. Isso é muito diferente de alegrar-se com a desgraça alheia ou guardar ressentimentos. FALE SEMPRE A VERDADE 8 Os 12 livros proféticos acentuam também o quanto Deus deseja que sejamos verídicos nos nossos relacionamentos. Naturalmente, nós nos esforçamos em falar ‘a verdade das boas novas’ a outros. (Colossenses 1:5; 2 Coríntios 4:2; 1 Timóteo 2:4, 7) O que pode ser um desafio, porém, é sempre falar a verdade na comunicação diária com a família e os irmãos espirituais, que envolve uma ampla variedade de assuntos e situações. Por que pode ser um desafio? 9 Quem de nós nunca disse ou fez algo maldoso que depois teve que se explicar? Provavelmente nos sentimos constrangidos ou um tanto culpados. Esses sentimentos podem levar a pessoa a negar o que fez ou a dar uma “explicação” que deturpa a verdade a fim de desculpar o erro ou fazê-lo parecer correto. Ou numa situação embaraçosa talvez sejamos tentados a ocultar certos detalhes para minimizar o erro. Assim, o que dizemos talvez seja essencialmente verdade, mas passa uma impressão bem diferente. Embora não seja uma mentira flagrante, que é comum no mundo de hoje, será que agir assim é realmente ‘falar a verdade cada um com o seu próximo’, ou irmão? (Efésios 4:15, 25; 1 Timóteo 4:1, 2) Quando um cristão diz coisas que no íntimo ele sabe que induz irmãos a uma conclusão errada, ou a crer em algo que realmente não é verdade ou exato, como você acha que Deus encara isso? 10 Os profetas sabiam que até mesmo homens e mulheres dedicados a Jeová nem sempre fazem o que ele espera deles. Oséias expressou os sentimentos de Deus a respeito de certas pessoas nos seus dias: “Assolação para eles, pois transgrediram contra mim! E eu mesmo passei a remi-los, porém, eles mesmos falaram mentiras até contra mim.” Além de falarem mentiras descaradas e flagrantes contra Jeová, alguns ‘proferiam maldições e praticavam o engano’, talvez distorcendo os fatos para desencaminhar outros. (Oséias 4:1, 2; 7:1-3, 13; 10:4; 12:1) Oséias escreveu essas palavras em Samaria, o reino do norte. Será que a situação em Judá era melhor? Miquéias nos informa: “Os seus próprios ricos ficaram cheios de violência e seus próprios habitantes falaram falsidade, e a língua deles é insidiosa na sua boca.” (Miquéias 6:12) É bom termos em mente que esses profetas condenaram a “prática do engano” e os ‘de língua insidiosa na sua boca’. Assim, até mesmo os cristãos, que com certeza não devem mentir deliberadamente, podem perguntar-se: ‘Será que às vezes engano outros ou tenho uma língua insidiosa? O que Deus espera de mim nesse respeito?’ 11 No lado positivo, Deus também usou os profetas para deixar claro o bem que ele espera de nós. Zacarias 8:16 diz: “Estas são as coisas que deveis fazer: Falai verazmente uns com os outros. Fazei o vosso julgamento nos vossos portões com verdade e com julgamento de paz.” Nos dias de Zacarias, os portões eram locais públicos em que os anciãos resolviam causas jurídicas. (Rute 4:1; Neemias 8:1) Mas ele não disse que somente nesses casos se devia falar a verdade. É preciso ser verídico nas situações formais, mas também somos exortados: “Falai verazmente uns com os outros.” Isso inclui falar a verdade em casa com o cônjuge ou com parentes. Também ao conversar com nossos irmãos espirituais — face a face, ao telefone ou de outra maneira. Eles têm todos os motivos para esperar que falemos a verdade. Os pais cristãos devem enfatizar aos filhos a importância de evitar a falsidade. Assim eles crescerão sabendo que Deus espera que evitem a “língua insidiosa” e sejam realmente verídicos no que disserem. — Sofonias 3:13. 12 O jovem ou adulto que se apega à verdade aceita a exortação de Zacarias: ‘Ama a verdade e a paz.’ (Zacarias 8:19) E veja como Malaquias descreveu o exemplo que Jeová viu em Seu Filho: “A própria lei da verdade mostrou estar na sua boca e não se achou injustiça nos seus lábios. Andava comigo em paz e em retidão.” (Malaquias 2:6) Será que Jeová esperaria menos de nós? Lembre-se, temos à disposição a Sua Palavra completa, incluindo os 12 profetas e todas as lições que podemos aprender deles. EVITE A VIOLÊNCIA NOS SEUS RELACIONAMENTOS 13 Miquéias 6:12 diz que uma das maneiras de o povo de Deus do passado maltratar os outros era por ‘falar falsidades e ter uma língua insidiosa’. No entanto, esse versículo identifica ainda outro defeito grave. Menciona que ‘os ricos haviam ficado cheios de violência’. Em que sentido, e que lição podemos aprender disso? 14 Veja que reputação tinham algumas nações vizinhas do povo de Deus. A nordeste ficava a Assíria, com sua capital Nínive, sobre a qual Naum escreveu: “Ai da cidade de derramamento de sangue. Ela está cheia de impostura e de roubo. A presa não se afasta!” (Naum 3:1) Os assírios eram conhecidos por sua agressividade na guerra e crueldade com que tratavam os prisioneiros de guerra — alguns eram queimados ou esfolados vivos, outros eram cegados ou se lhes decepavam o nariz, as orelhas ou os dedos. O livro Deuses, Túmulos e Sábios diz: “Nínive gravou-se na consciência dos homens quase unicamente por estar ligada a assassinato, saque, repressão, violação dos fracos, guerra e terror de toda sorte.” Temos uma testemunha ocular (e possivelmente participante) dessa violência. Depois de ouvir a mensagem de Jonas, o rei de Nínive disse a respeito de seu povo: “Cubram-se de serapilheira, homem e animal doméstico; e clamem a Deus com força e recuem, cada um do seu mau caminho e da violência que havia nas suas mãos.” — Jonas 3:6-8.* 15 A violência crassa não se restringia à Assíria. Edom, a sudeste de Judá, também recebeu o castigo. Por quê? “No que se refere a Edom, tornar-se-á um ermo de desolação, por causa da violência feita aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente.” (Joel 3:19) Será que os edomitas acataram esse aviso e abandonaram seus modos violentos? Uns dois séculos depois, Obadias escreveu: “Teus poderosos hão de ficar aterrorizados, ó Temã [cidade edomita], . . . Por causa da violência feita ao teu irmão Jacó . . . terás de ser decepado por tempo indefinido.” (Obadias 9, 10) Mas que dizer do povo de Deus? 16 Amós revelou qual era a situação em Samaria, capital do reino do norte: “‘Vede as muitas desordens no meio dela e as defraudações dentro dela. E não souberam fazer o que é direito’, é a pronunciação de Jeová, ‘os que armazenam violência e assolação’.” (Amós 3:9, 10) Talvez se pense que seria diferente em Judá, onde ficava o templo de Jeová. Mas Habacuque, que morava em Judá, perguntou a Deus: “Até quando clamarei a ti por socorro contra a violência e tu não salvarás? Por que me fazes ver o que é prejudicial e continuas a olhar para a mera desgraça? E por que há assolação e violência diante de mim?” — Habacuque 1:2, 3; 2:12. 17 Será que a violência entre o povo de Deus se tornara comum por causa da influência da Assíria, de Edom e de outras nações? Salomão havia alertado sobre essa possibilidade: “Não fiques invejoso do homem de violência, nem escolhas a quaisquer dos seus caminhos.” (Provérbios 3:31; 24:1) Mais tarde, Jeremias foi específico: “Assim disse Jeová: ‘Não aprendais absolutamente o caminho das nações.’” — Jeremias 10:2; Deuteronômio 18:9. 18 Se Habacuque vivesse hoje, não ficaria estarrecido diante da violência atual? Muitos são expostos à violência desde a infância. Desenhos animados que divertem meninos e meninas apresentam violência — um personagem tenta esmagar, explodir ou de outra maneira destruir o outro. Logo muitos jovens passam para jogos de computador nos quais vencem alvejando, explodindo ou aniquilando oponentes. “É apenas uma brincadeira”, há quem proteste. Mesmo assim, jogos violentos num computador em casa ou numa lan house mergulham os usuários na violência, moldando suas atitudes e reações. Como são certas estas palavras inspiradas: “O homem de violência seduzirá seu próximo e certamente o fará ir num caminho que não é bom”! — Provérbios 16:29. 19 Embora Habacuque fosse obrigado a ‘observar a mera desgraça e a violência diante dele’, isso o afligia. Assim, você poderá perguntar-se: ‘Será que ele se sentiria à vontade ao meu lado assistindo aos programas de televisão a que eu assisto?’ Ou: ‘Será que ele assistiria aos chamados eventos esportivos que são violentos por natureza, em que os jogadores até usam armaduras protetoras semelhantes às dos antigos gladiadores?’ Em certos jogos, a emoção para muitos vem das disputas violentas na quadra ou no campo, ou das brigas entre torcedores fanáticos. Em certos países, muitos assistem a filmes e fitas de vídeo com enredos de guerra ou artes marciais. Como desculpa talvez se diga que se trata de história ou de amostra do passado cultural do país, mas será que isso torna a violência mais aceitável? — Provérbios 4:17. 20 Malaquias mencionou ainda outro aspecto ao destacar o conceito de Jeová sobre a traição de alguns judeus às suas esposas. “‘Ele tem odiado o divórcio’, disse Jeová, o Deus de Israel; ‘e aquele que cobriu a sua vestimenta de violência’.” (Malaquias 2:16) A expressão hebraica traduzida “cobriu a sua vestimenta de violência” tem sido entendida de várias maneiras. Alguns eruditos acham que significa manchar a roupa de sangue ao atacar uma pessoa com violência. Seja como for, Malaquias condenava claramente o abuso conjugal. De fato, ele levantou a questão da violência num contexto doméstico, e mostrou que Deus a desaprova. 21 A violência (física ou verbal) na privacidade de um lar cristão não é menos condenável do que a violência em público; Deus observa tudo. (Eclesiastes 5:8) Embora Malaquias se refira à violência contra a esposa, nada na Bíblia a torna menos repreensível se for cometida por um homem contra seus filhos ou pais idosos. Tampouco é desculpável se for praticada por uma esposa contra o marido, os filhos ou os pais. Admite-se que numa família de humanos imperfeitos podem surgir tensões irritantes e, às vezes, fúria. Mesmo assim, a Bíblia aconselha: “Ficai furiosos, mas não pequeis; não se ponha o sol enquanto estais encolerizados.” — Efésios 4:26; 6:4; Salmo 4:4; Colossenses 3:19. 22 Alguns talvez justifiquem sua violência, dizendo: ‘Sou assim porque fui criado numa família violenta’, ou: ‘As pessoas da minha terra ou da minha raça têm sangue quente, são mais explosivas.’ No entanto, ao condenar os ‘ricos que ficaram cheios de violência’, Miquéias não deu a entender que eles não tinham como agir de outro modo por terem sido criados num ambiente violento. (Miquéias 6:12) Nos dias de Noé, a Terra estava “cheia de violência” e seus filhos cresceram nesse meio. Será que se tornaram violentos? Obviamente não! “Noé achou favor aos olhos de Jeová”, seus filhos o imitaram e foram preservados no Dilúvio. — Gênesis 6:8, 11-13; Salmo 11:5. 23 Em todo o mundo, as Testemunhas de Jeová são conhecidas por serem pacíficas, não violentas. Elas respeitam e acatam as leis de César contra atos violentos. (Romanos 13:1-4) ‘Forjaram de suas espadas relhas de arado’ e se empenham pela paz. (Isaías 2:4) Esforçam-se em assumir a “nova personalidade”, que ajuda a evitar a violência. (Efésios 4:22-26) E seguem o bom exemplo dos anciãos cristãos, que não podem ser ‘espancadores’, nem em palavras nem em ações. — 1 Timóteo 3:3; Tito 1:7. 24 Realmente podemos — e temos de — tratar os outros assim como Deus deseja que os tratemos. Oséias diz: “Quem é sábio para entender estas coisas? Discreto, para sabê-las? Pois os caminhos de Jeová são retos e os justos serão os que andarão neles.” — Oséias 14:9. [Nota(s) de rodapé] Quanto a ‘passar por alto a transgressão’, certo erudito diz que essa metáfora hebraica “se inspira na conduta de um viajante que segue seu rumo sem se deter num objeto ao qual ele não deseja dar atenção. A idéia [não é que Deus não vê o pecado] mas que, em casos específicos, ele não o observa com o objetivo de punir; que ele não pune, mas perdoa”. Uns 35 quilômetros a sudeste de Nínive ficava a cidade de Calá (Nimrud), reconstruída por Assurnasirpal. O Museu Britânico expõe painéis de parede de Calá, a respeito dos quais lemos: “Assurnasirpal não poupou detalhes da ferocidade e brutalidade de suas campanhas. Os prisioneiros eram pendurados em postes ou cravados em estacas junto às muralhas de cidades sitiadas . . . ; rapazes e moças eram esfolados vivos.” — Archaeology of the Bible. O QUE JEOVÁ DESEJA? • Como o exemplo de Jeová pode ajudar-nos a tratar um irmão que nos ofendeu? — Oséias 14:2; Miquéias 7:18; Malaquias 2:10, 11. • A comparação de Oséias 4:1 com Zacarias 8:16 mostra que Jeová espera o que de nós nos nossos relacionamentos? • Que aspecto nos seus tratos com outros você gostaria de melhorar? EM CONTRASTE COM O MUNDO • Que evidências você observa de que muitos no mundo ‘bebem violência’? — Provérbios 4:17; Sofonias 1:9; Malaquias 2:17. • Como você aplicaria Miquéias 4:3 na congregação e na família? • Como este capítulo o ajudou a ver que podemos aprender lições de partes da Bíblia que são consideradas com menos freqüência?

domingo, 11 de novembro de 2012

Como distinguir o amigo do bajulador - Plutarco (I)

“O cúmulo da injustiça é querer passar por justo sem ser.” Platão Ao tratar da sutil distinção entre um verdadeiro amigo e um mero oportunista, Plutarco (69-120 d.C.) nos leva a refletir sobre nossas próprias falhas, revelando o quão somos responsáveis por nos cercarmos de bajuladores, expondo-nos a riscos desnecessários. Logo no início da obra, o autor chama a atenção para o fato de que é ao acalentarmos um excesso de amor-próprio – tão salutar quando em boa medida – que não fazemos um julgamento íntegro e imparcial sobre nós mesmos: "o amante é cego a respeito do que ele ama.", diz ele. Superestimando nossos talentos, preparamos o terreno para as ações dos bajuladores. Esse embotamento é propício a que nos acessem: "cada um de nós é o primeiro e o maior adulador de si próprio.". Ansiosos pela confirmação de nossos dotes, regojizamo-nos a toda aprovação. Plutarco ressalta que quem gosta de bajulação está perdidamente enamorado de si. O efeito nocivo disso abarca muito mais do que imaginamos: "supondo-se que a verdade seja divina e seja, segundo Platão, o princípio 'de todos os bens para os deuses e de todos os bens para os homens'", o bajulador é inimigo dos deuses e dos homens, pois nos ilude, tornando-nos cegos no que diz respeito às nossas virtudes e nossos vícios. Sabota o famoso imperativo "Conhece-te a ti mesmo". Ele afirma que assim como os vermes penetram de preferência nas madeiras tenras e odoríferas, são as almas bondosas e generosas – no entanto narcísicas – que acolhem e nutrem a bajulação. E, o bajulador “não acompanha os indigentes, os anônimos ou os desprovidos de recursos (…)", por isso, os mais pobres tanto se orgulham dos amigos sinceros. O sábio alerta que espreitar as ardilosas manobras dos bajuladores para apanhá-los em flagrante e impedi-los de nos prejudicar não é uma questão irrisória, pois com o passar do tempo, esses invejosos caluniadores envenenam e destroem reputação, amores, lares, sonhos, carreiras e outras amizades. Enquanto o amigo quer bem ao amigo, o bajulador quer bem somente a si mesmo e, seduzidos por glória e poder, ocorrendo alguma indesejável alteração na roda da fortuna do bajulado, abandona-o rapidamente. É prudente não esperar passar por reveses para descobrir quem possui um coração sincero e honesto e quem é falso e desonesto: "é preciso pô-lo à prova antes de recorrer a ele (...) não é após ter sido enganado, mas precisamente para não sê-lo, que devemos pôr à prova e desmascarar o bajulador". Nobreza e dignidade caracterizam a verdadeira amizade que, além de somar prazer e encanto aos sucessos, alivia sofrimento, os embaraços das más fases. O amigo é, de fato, condescendente com o agradável e o útil e, é nessa vestimenta emprestada que o bajulador se insinua. Assim como o ouro falso muito se assemelha ao verdadeiro, o bajulador imita a benevolência e a boa vontade do amigo, tenta parecer sempre simpático e divertido, além de evitar se opor às nossas opiniões. Obviamente, não é porque alguém nos louva que devemos desconfiar, "(...), pois o elogio é tão conveniente para a amizade quanto a censura no momento oportuno.". Aliás, será do amigo que virão francas repreensões, que devem ser ouvidas "(...) com confiança e acolhidas com reconhecimento, na convicção de que são necessárias (...).". Amigo sincero nos elogia com prazer, mas nos censura a contragosto. Considerando que, nem o prazer do desfrute do que há em comum, tampouco os elogios são critérios distintivos, é realmente difícil distinguir entre o amigo e o bajulador que exerce seu ofício com mais habilidade e talento, tomando parte em nossas emoções e adotando hábitos semelhantes aos da amizade. Plutarco salienta que a vontade de ajudar, de prestar serviços e, de algum modo tornar-se útil a fim de favorecer a quem se preza, caminha na esteira da amizade: "a ponto de um amigo, diz-se, ser mais indispensável que o fogo e a água.". O bajulador, "entregando-se aos bons ofícios, se dedica sem cessar a ostentar zelo, diligência e prontidão". Astuto camaleão, assim ele procede. Uma amizade é fundamentada na semelhança de costumes, na identidade dos estilos de vida: "a similitude dos gestos e das aversões”. O bajulador sabe disso e se modela a fim de imitar àqueles de quem buscam ganhar confiança. Corroborando a afirmação acima, cita ainda um poema em que diz que, "o velho, por seus discursos, sabe agradar ao velho, e a mulher à mulher, e a criança à criança, o doente ao doente e, quando o indigente encontra seu semelhante, sente menos a sua miséria". O verdadeiro bajulador, diz Plutarco, imiscui-se em nossas atividades, partilha nossos segredos. Em função de sua postura amigável, conjugada com certa gravidade assumida diante de tudo o que é nosso, entregamos de bandeja a oportunidade de se instalar em nosso ego sedento de afeto. Eles estão sempre atentos a transitar por entre afortunados, assediando-os. Desmascará-los exige que estejamos preparados para recusar o útil e agradável de suas palavras e atitudes encantatórias (abrindo mão de falso julgamento sobre nós mesmos) a fim de repelir o mal OU expor-nos a algum dissabor enquanto o pouparmos de um crivo mais lúcido. Cônscio de que a franqueza é a linguagem característica da amizade, o bajulador nos ilude: "(...) afetam uma sinceridade que não é nem espontânea nem salutar (...)", e sabe usar dessa artimanha. Como distinguir aquele que não é nem se tornou nosso semelhante e, entretanto, quer se passar por tal? Primeiro, diz ele, é preciso examinar se seus princípios são duráveis e inabaláveis: "Se sua vida é regrada, e dirigida num mesmo e único plano”, isso requer tempo. A psique do bajulador não tem consistência, pois ele confunde todos os valores morais: "ele leva uma vida apoiada na exigência de um outro e não na sua própria exigência". Com um, jura ser pacato; com outro, diz que adora sair. Isso o leva a, ora fazer-se de íntegro com uns; ora a compactuar injustiças com outros. Embora uma boa autoestima seja algo benéfico, é um descompassado componente 'narcísico' que nos coloca na mira deles, pois não existe bajulador sem o prazer em ser bajulado. Sua inconstância e volubilidade, no entanto, podem ser os indícios reveladores de sua natureza. Para percorrer essa trilha, antes, convém abrirmos mão da tolice que é a confirmação de juízos exacerbados sobre nós mesmos. A isso, um ego pueril sempre reluta.

sábado, 10 de novembro de 2012

Secretária

Descrição do Cargo de Secretária Assessorar os executivos no desempenho de suas funções, gerenciando informações, auxiliando na execução de suas tarefas administrativas, na tomada de decisões e em reuniões, marcando e cancelando compromissos. Coordenar e controlar equipes e atividades; controlar documentos e correspondências. Atender clientes externos e internos; organizar eventos e viagens. Pode cuidar da agenda pessoal dos executivos. Atuação junto às áreas Financeira, Comercial, de Compras, Vendas, Marketing e Recursos Humanos. Formação necessária para ser Secretária Para os profissionais que desejam se especializar nesta área, as opções de programas são diversas, passando por temas como gestão empresarial, negócios internacionais, métodos quantitativos, economia de empresas, operações logísticas, marketing e tecnologia, entre outros. Estudos voltados para o meio ambiente e para a administração universitária também se encaixam em alguns programas do país. São aceitos como alunos destes cursos os profissionais graduados em Administração de Empresas, Direito, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas e Engenharia. Formação Básica As secretárias devem possuir formação técnica em Secretariado ou Graduação em Secretariado Executivo. É importante também ter sólidos conhecimentos da língua portuguesa e informática. Outro fator importante é o conhecimento em outros idiomas. Formação Adicional O profissional desta área poderá atualizar-se por meio dos cursos de Pós-graduação, como: Instituto Politécnico de Castelo Branco - Escola Superior de Educação de Castelo Branco; Instituto Superior de Novas Profissões; Instituto Politécnico de Viseu - Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego; Instituto Politécnico da Guarda - Escola Superior de Tecnologia e Gestão; CESPU-Instituto Politécnico de Saúde do Norte - Escola Superior de Saúde do Vale do Ave; Instituto Superior de Línguas e Administração de Lisboa; Instituto Politécnico de Coimbra - Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra; Universidade de Aveiro - Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda. Mercado de Trabalho para Secretária O mercado não apresenta perspectivas de crescimento nesta área. Aspectos Favoráveis Nos últimos anos, houve um aumento do número de empregos no mercado formal nesta área, no entanto as preferências são dadas aos profissionais com alguma experiência ou que tenham cursos de especialização em vendas, computação, organização, recepção, entre outros.

Bajulação ou Elogio?

Quem repreende a um homem achará depois mais favor do que aquele que lisonjeia com a sua língua.Provérbios 28:23 Dois incidentes na vida de Pablo Casals, o famoso violoncelista, ilustram a diferença entre bajulação e elogio. Certo dia, pediram que o jovem violoncelista Gregor Piatigorsky tocasse uma sonata de Beethoven diante do famoso músico. Ele estava nervoso e tocou mal. – Bravo! Maravilhoso! Tremendo! – aplaudiu Casals. Ele estava querendo encorajar Gregor, mas acabou desanimando-o. Por quê? Porque Gregor achou que não merecia o elogio. Pareceu-lhe insincero, e o rapaz o rejeitou porque soava como bajulação. Foi embora sentindo-se embaraçado. Vários anos mais tarde, os dois violoncelistas se encontraram outra vez. Agora experiente, Gregor não teve medo de contar a Casals como havia se sentido com a bajulação do primeiro encontro. – Não, não! – Casals ficou bravo. Correndo para o instrumento, tocou um trecho da sonata que Gregor havia tocado naquela noite. – Não foi esse o dedilhado que você usou? – Sim, foi – concordou Gregor. – Para mim, foi um dedilhado novo – disse Casals. – Achei que o seu uso dos dedos foi excelente, um dedilhado que eu nunca tinha usado antes. Gostei dele. Casals então tocou outra passagem da sonata. – E você não usou o arco deste jeito assim? Gregor concordou. – Isso também me agradou particularmente. Revelou uma habilidade muito especial que você tem para interpretar a música de forma criativa. Fiquei muito impressionado com seu talento. – Mas, e meus erros? Toquei muito mal. – É verdade, mas eu não estava prestando atenção aos seus erros. O que observei foi a sua interpretação e a técnica do dedilhado. Você fez muito bem ambas as coisas. Foi por isso que o aplaudi naquela noite. Gregor disse mais tarde: “Saí daquele encontro com a sensação de ter estado com um grande artista e amigo.” O que fez a diferença entre os dois encontros? Na primeira vez, Casals usou palavras que expressavam avaliação, como “maravilhoso” e “tremendo”. Na segunda vez, o músico usou palavras descritivas que explicaram exatamente o que ele estava elogiando na apresentação da sonata. Sendo Amigos Evite avaliar um amigo quando você faz um elogio. Descreva o comportamento que você aprecia e diga por que gosta dele. Concentre-se no comportamento, mais do que na pessoa.

sábado, 3 de novembro de 2012

Tradutor

Descrição do Cargo de Tradutor Traduzir, na forma escrita, textos de qualquer natureza de um idioma para outro, considerando as variáveis culturais, bem como os aspectos terminológicos e estilísticos, tendo em vista um público-alvo específico. Interpretar oralmente, de forma simultânea ou consecutiva, discursos, debates, textos, formas de comunicação eletrônica e linguagem de sinais de um idioma para outro, respeitando o respectivo contexto e as características culturais das partes. Tratar das características e do desenvolvimento de uma cultura, representados por sua linguagem, além de fazer crítica de textos. Formação necessária para ser Tradutor Nesta área, os programas dos cursos dividem-se basicamente em lingüística aplicada e pura. A lingüística aplicada está voltada para o ensino de línguas modernas, para a formação de professores de idiomas e estudos de tradução. Na lingüística pura, são realizados os estudos dos sons das línguas naturais, incluindo aspectos de fonética e distúrbios da fala. Formação Básica O profissional desta área deve ser graduado em Tradutor/Intérprete ou em Letras. Há também alguns cursos livres de pequena duração, ministrados em geral nas universidades, sem exigência de vestibular, para alunos com o Ensino Médio completo. Formação Adicional O profissional desta área também pode realizar cursos de especialização ou Pós-graduação, como: Portugal Instituto Politécnico de Leiria Instituto Superior de Assistentes e Intérpretes ISLA - Instituto Superior de Línguas e Administração Universidade de Coimbra Universidade de Lisboa Universidade do Minho Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Universidade do Algarve Brasil Associação Alumni Faculdade Iberoamericana Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro Universidade de São Paulo Universidade Estadual de Campinas Universidade Estadual Paulista Universidade Federal de Juiz de Fora Universidade Federal de Ouro Preto Universidade Federal Fluminense Universidade Mackenzie Mercado de Trabalho para Tradutor Apesar de apresentar bastante competitividade, o mercado ainda é promissor para dubladores e tradutores.