quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Um estilo de vida simples

O modo de vida actual está a destruir o planeta Terra e a deixar muitas pessoas alarmadas. O líder indiano Mahatma Gandhi já havia aconselhado: “Vive de forma simples para que outros possam simplesmente viver.” 


Começa por fazer que te sintas bem em tua casa. Que ela seja e pareça simples. Não a enchas de adornos desnecessários.
Evita que o televisor ocupe o lugar da lareira ou chaminé: coloca-o num local menos visível ou, até, dentro de um armário. Decora e repara as coisas com as tuas mãos. Poupa energia: instala vidros duplos; procura alternativas à instalação de ar condicionado. Redescobre o ritual das refeições em família e sem televisão. Não sejas escravo do telefone e liga o atendedor de chamadas. Convida os teus amigos para a tua casa em vez de os levares ao restaurante. Confecciona tu as refeições em vez de encomendar uma pizza. Acolhe outros e fá-los sentir-se bem-vindos. Abre os armários e dá ou vende tudo o que não usaste no último ano a uma Instituição de caridade ou numa loja de segunda mão. Aprende a dizer não. Evita acumular coisas e costumes desnecessários.

Corta com o centro comercial
Não faças compras por impulso ou diversão. Nas tardes de sábado evita cair na fórmula dos 6 C’s: carro – centro comercial – compras – cinema – ceia. Estabelece dias de «baixo consumo» ou «consumo zero», nos quais só comprarás o estritamente necessário. Impõe a ti próprio um período de reflexão antes de fazer grandes despesas. Compra mais nas lojas de bairro e comércio tradicional. Inscreve-te numa cooperativa de consumo (conhece-as em http://www.consumo-pt.coop/fenacoop/index.php). Troca e partilha coisas. Exemplo: livros, CD, ferramentas de bricolage... Compra produtos em segunda mão, sem embalagem de marca, do comércio justo e ecológicos. Sê fiel à regra dos 3R: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.

Compra com dinheiro
Paga as tuas dívidas. Sempre que possível tenta fazer pagamentos com dinheiro: gastarás menos. Faz ajustes para viver dentro das tuas possibilidades. Analisa e anota os teus gastos. Calcula quanto poderias poupar se não comesses fora tantas vezes, se não comprasses certos produtos de marca, se usasses o telemóvel de forma mais selectiva. Mas que a tua austeridade aconteça com alegria. Concede a ti próprio um carinho ou um capricho de vez em quando. Motiva-te com um compromisso solidário: o que te sobra é o que outra pessoa necessita para ter uma vida mais digna. Se ficaste sem trabalho, aprende com essa experiência de insegurança económica: no futuro pode ajudar-te a viver com mais simplicidade.

Sente o perfume das flores
Que o relógio não seja uma algema no teu pulso. Escuta o teu relógio interior. Oferece-te dias de retiro, de verdadeiro descanso, sem nenhum programa. Não fiques até à última hora do dia a fazer coisas ou a ver televisão. Pelo menos um dia por semana deita-te e levanta-te cedo. De vez em quando vive um dia sem horas marcadas: passeia sem destino. Surpreende alguém com uma visita, uma flor…

Recupera o leme da tua vida
Foge da rotina. Faz algo de novo todas as semanas. Procura ter tempo para aquilo de que gostas. Luta para conseguir um ambiente de estudo ou de trabalho mais enriquecedor. Calcula o impacto que vão ter na tua vida os compromissos. Descobre a pessoa que existe nos teus colegas.

Viaja para dentro
Prolonga ao máximo a vida do teu automóvel. Sai com tempo, e, sempre que possível, caminha. Utiliza mais os transportes públicos. Faz que o tempo no autocarro ou no comboio seja enriquecedor: lê, conversa, aprecia. Antes de fazer turismo para o fim do mundo, tenta conhecer melhor a tua região, o teu país. Viaja também ao teu mundo interior: às tuas qualidades, aos teus medos; ao lugar do diálogo íntimo com Deus… Escreve um diário, para desfrutares mais a tua existência. Visita as pessoas que estão sós e passeia também, com respeito e admiração, pelos seus mundos pessoais. E, se viajas para fora, se verdadeiramente queres conhecer o mundo, descobre-o em estradas secundárias, convivendo com as populações locais, comendo da sua comida, bebendo o seu vinho, dançando a sua música...

Apaga a televisão
Evita equipar a tua televisão cada vez com mais canais como forma de passar/matar o tempo. Foge da ilusão de que estás informado só porque vês o telejornal. Lê mais. Pesquisa. Ouve música. Escreve mais a quem amas. Aprende novas habilidades. Se tens irmãos mais novos, controla tu o comando: vê a televisão com eles e fornece-lhes critérios para escolherem. Dá-lhes alternativas, lê-lhes histórias, participa nas suas brincadeiras. Experimenta estar um dia ser ver TV. Aplica também algumas destas dicas ao MP3 que não pára de soar nos teus ouvidos.

Não corras atrás de tudo o que é novidade
As novas tecnologias devem estar ao nosso serviço e não o contrário. Utiliza o computador como ferramenta e não como um fim em si mesmo. Compra só os programas, periféricos e acessórios que precises de utilizar. Aproveita as possibilidades de comunicação que as novas tecnologias te proporcionam, para encurtar distâncias e não para alongar conversas. Faz o mesmo em relação aos jogos na playstation, ao Messenger e à Internet, em geral. Desliga o telemóvel de noite e sempre que estiveres a passear com a família ou alguém especial.

Leva uma vida sã e próxima da natureza
Faz exercício regularmente, mas sem cair no culto do corpo perfeito. Renuncia à comida pré-cozinhada. Consome produtos naturais e frescos. Prefere a água aos refrigerantes. Toma cerveja ou vinho com moderação. Usa sabiamente o congelador para conservar a comida preparada em casa, por ti próprio. Valoriza a medicina preventiva e as terapias alternativas. Se vives na cidade, passeia até o campo, a montanha e o mar. Há quanto tempo não assistes ao nascer do Sol ou ao seu ocaso?

Recupera o sentido de comunidade
Não caias no sedentarismo. Compromete-te com actividades que te obriguem a sair de casa: na congregação, num convívio com vizinhos, numa ONG... Sê solidário, voluntário e generoso.

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Filipenses 4:8: Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.