Começa por fazer que te sintas bem em tua casa. Que ela seja e pareça simples. Não a enchas de adornos desnecessários.
Evita
 que o televisor ocupe o lugar da lareira ou chaminé: coloca-o num local
 menos visível ou, até, dentro de um armário. Decora e repara as coisas 
com as tuas mãos. Poupa energia: instala vidros duplos; procura 
alternativas à instalação de ar condicionado. Redescobre o ritual das 
refeições em família e sem televisão. Não sejas escravo do telefone e 
liga o atendedor de chamadas. Convida os teus amigos para a tua casa em 
vez de os levares ao restaurante. Confecciona tu as refeições em vez de 
encomendar uma pizza. Acolhe outros e fá-los sentir-se bem-vindos. Abre 
os armários e dá ou vende tudo o que não usaste no último ano a uma 
Instituição de caridade ou numa loja de segunda mão. Aprende a dizer 
não. Evita acumular coisas e costumes desnecessários.
Corta com o centro comercial
Não
 faças compras por impulso ou diversão. Nas tardes de sábado evita cair 
na fórmula dos 6 C’s: carro – centro comercial – compras – cinema – 
ceia. Estabelece dias de «baixo consumo» ou «consumo zero», nos quais só
 comprarás o estritamente necessário. Impõe a ti próprio um período de 
reflexão antes de fazer grandes despesas. Compra mais nas lojas de 
bairro e comércio tradicional. Inscreve-te numa cooperativa de consumo 
(conhece-as em http://www.consumo-pt.coop/fenacoop/index.php).
 Troca e partilha coisas. Exemplo: livros, CD, ferramentas de 
bricolage... Compra produtos em segunda mão, sem embalagem de marca, do 
comércio justo e ecológicos. Sê fiel à regra dos 3R: Reduzir, 
Reutilizar, Reciclar.
Compra com dinheiro
Paga
 as tuas dívidas. Sempre que possível tenta fazer pagamentos com 
dinheiro: gastarás menos. Faz ajustes para viver dentro das tuas 
possibilidades. Analisa e anota os teus gastos. Calcula quanto poderias 
poupar se não comesses fora tantas vezes, se não comprasses certos 
produtos de marca, se usasses o telemóvel de forma mais selectiva. Mas 
que a tua austeridade aconteça com alegria. Concede a ti próprio um 
carinho ou um capricho de vez em quando. Motiva-te
 com um compromisso solidário: o que te sobra é o que outra pessoa 
necessita para ter uma vida mais digna. Se ficaste sem trabalho, aprende
 com essa experiência de insegurança económica: no futuro pode ajudar-te
 a viver com mais simplicidade.
Sente o perfume das flores
Que
 o relógio não seja uma algema no teu pulso. Escuta o teu relógio 
interior. Oferece-te dias de retiro, de verdadeiro descanso, sem nenhum 
programa. Não fiques até à última hora do dia a fazer coisas ou a ver 
televisão. Pelo menos um dia por semana deita-te e levanta-te cedo. De 
vez em quando vive um dia sem horas marcadas: passeia sem destino. 
Surpreende alguém com uma visita, uma flor…
Recupera o leme da tua vida
Foge
 da rotina. Faz algo de novo todas as semanas. Procura ter tempo para 
aquilo de que gostas. Luta para conseguir um ambiente de estudo ou de 
trabalho mais enriquecedor. Calcula o impacto que vão ter na tua vida os
 compromissos. Descobre a pessoa que existe nos teus colegas.
Viaja para dentro
Prolonga
 ao máximo a vida do teu automóvel. Sai com tempo, e, sempre que 
possível, caminha. Utiliza mais os transportes públicos. Faz que o tempo
 no autocarro ou no comboio seja enriquecedor: lê, conversa, aprecia. 
Antes de fazer turismo para o fim do mundo, tenta conhecer melhor a tua 
região, o teu país. Viaja também ao teu mundo interior: às tuas 
qualidades, aos teus medos; ao lugar do diálogo íntimo com Deus… Escreve
 um diário, para desfrutares mais a tua existência. Visita as pessoas 
que estão sós e passeia também, com respeito e admiração, pelos seus 
mundos pessoais. E, se viajas para fora, se verdadeiramente queres 
conhecer o mundo, descobre-o em estradas secundárias, convivendo com as 
populações locais, comendo da sua comida, bebendo o seu vinho, dançando a
 sua música...
Apaga a televisão
Evita
 equipar a tua televisão cada vez com mais canais como forma de 
passar/matar o tempo. Foge da ilusão de que estás informado só porque 
vês o telejornal. Lê mais. Pesquisa. Ouve música. Escreve mais a quem 
amas. Aprende novas habilidades. Se tens irmãos mais novos, controla tu o
 comando: vê a televisão com eles e fornece-lhes critérios para 
escolherem. Dá-lhes alternativas, lê-lhes histórias, participa nas suas 
brincadeiras. Experimenta estar um dia ser ver TV. Aplica também algumas
 destas dicas ao MP3 que não pára de soar nos teus ouvidos.
Não corras atrás de tudo o que é novidade
As
 novas tecnologias devem estar ao nosso serviço e não o contrário. 
Utiliza o computador como ferramenta e não como um fim em si mesmo. 
Compra só os programas, periféricos e acessórios que precises de 
utilizar. Aproveita as possibilidades de comunicação que as novas 
tecnologias te proporcionam, para encurtar distâncias e não para alongar
 conversas. Faz o mesmo em relação aos jogos na playstation, ao 
Messenger e à Internet, em geral. Desliga o telemóvel de noite e sempre que estiveres a passear com a família ou alguém especial.
Leva uma vida sã e próxima da natureza
Faz
 exercício regularmente, mas sem cair no culto do corpo perfeito. 
Renuncia à comida pré-cozinhada. Consome produtos naturais e frescos. 
Prefere a água aos refrigerantes. Toma cerveja ou vinho com moderação. 
Usa sabiamente o congelador para conservar a comida preparada em casa, 
por ti próprio. Valoriza a medicina preventiva e as terapias 
alternativas. Se vives na cidade, passeia até o campo, a montanha e o 
mar. Há quanto tempo não assistes ao nascer do Sol ou ao seu ocaso?
Recupera o sentido de comunidade
Não
 caias no sedentarismo. Compromete-te com actividades que te obriguem a 
sair de casa: na congregação, num convívio com vizinhos, numa ONG... Sê 
solidário, voluntário e generoso.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Filipenses 4:8: Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.