quinta-feira, 29 de março de 2012

Mitos do envelhecimento

Especialista fala sobre o envelhecimento e desvenda mitos que permeiam essa fase da vida Por Ilana Ramos 27/03/2012 Foi-se o tempo em que a ideia de envelhecer era esperar a morte tricotando em frente à televisão ou jogando dama na praça do bairro. Hoje, nós vivemos e trabalhamos mais do que em qualquer outra época. Se antes as pessoas viviam até os 40, a média de idade quase dobrou, e a população com mais de 60 está cada vez mais viva e ativa. Por ser quase uma novidade, muita coisa permanece desconhecida sobre essa fase da vida e, como todo mistério, é rodeado de mitos e lendas. Leia esse artigo e descubra o que é verdade e o que é mito sobre o envelhecimento. Não podemos negar que existe um preconceito acerca do envelhecimento. De acordo com a terapeuta ocupacional e especialista em Gerontologia Sabrina Guerra De La Via, "o envelhecimento é visto como fim, doenças, dependência, ociosidade. Porém, tudo isso é mito. O envelhecer pode ser tão bem aventurado, dentro das suas limitações, como a juventude, adulto jovem e a maturidade. Ao envelhecer, como qualquer fase do ciclo da vida, o corpo limita-se em vários aspectos, igualmente quando passamos de adolescente para adulto, por exemplo". Além do preconceito que ronda a vida após os 60, algumas pessoas chegam até a ter medo dela. "Se envelhecer fosse ruim, passar de bebê para criança, de criança para adolescente, e assim sucessivamente, também seria ruim. O envelhecer acontece todos os dias. É preciso agir de forma saudável e positiva hoje, para que o envelhecimento ocorra da mesma forma. Acometimentos de saúde podem acontecer em qualquer fase. Apesar de serem mais frequentes quando estamos mais envelhecidos, existem inúmeras formas de se evitar ou amenizar tais acometimentos, como uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos e cognitivos (memória), entre outras coisas", afirma Sabrina. Ter medo de envelhecer, então, poderia ser comparado ao medo que um adolescente tem de virar adulto. E, neste caso, é fundamental barrar o preconceito. "Todas são as vantagens de se desmentirem os preconceitos a respeito do envelhecimento. Assim, cada indivíduo apenas pensará na forma de se manter sempre ativo e saudável. Sem preconceito, uma pessoa envelhecida terá mais oportunidades no contexto sociocultural, como também no trabalho, tanto antes da aposentadoria, como também depois de aposentar-se", defende a terapeuta. São incontáveis os mitos que dizem respeito ao envelhecimento. Segundo, Sabrina, "alguns deles são: idosos não são sociáveis e não gostam de se reunir, temem o futuro, são pessoas doentes que tomam muita medicação, são frágeis para exercícios físicos, infelizes, não se interessam pela sexualidade, são solitários e não mais úteis à sociedade. Ser idoso não é sinônimo de doença. Na atualidade, cada vez mais e mais pessoas que chegam à maturidade estão mais saudáveis, economicamente ativos, independentes. Estamos numa época em que muitos desses mitos que envolvem o envelhecimento já foram provados ao contrário, e que não faz mais sentido ainda existirem". Aceitar-se é o primeiro passo para começar a encarar o envelhecimento, não como o fim da estrada, mas como o começo de uma nova vida. Conheça mais alguns mitos do envelhecimento que a terapeuta ocupacional e especialista em Gerontologia Sabrina Guerra De La Via desvendou. - Por mais que se mantenham bons hábitos na vida, a predisposição genética para doenças fala mais alto. Não é bem verdade. Os hábitos saudáveis são essenciais para uma longevidade saudável. Claro que o fator de risco idade traz a susceptibilidade em adoecer, porém não é fator determinante - Aposentadoria significa deixar de ser útil para a sociedade. Cada vez mais pessoas com mais de 50 anos procuram novas formas de renda após aposentar-se. Ou mesmo as que não procuram novas rendas, exercem outros tipos de funções que condizem com sua vontade. - "Cães velhos não aprendem novos truques". Mesmo depois da aposentadoria, muitos idosos procuram novas formas de ocupar-se, e ainda aprendem coisas novas. - O impulso sexual cessa na velhice. Cada vez mais indivíduos com mais de 60 anos continuam sexualmente ativos.

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Filipenses 4:8: Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.