A internet pode ser uma fonte de aprendizagem fantástica para as crianças. Através dela podem conhecer o mundo e comunicar com ele. Mas é importante ter consciência dos potenciais perigos.
A internet faz parte da vida de hoje. Através dela a criança pode conhecer o mundo, aprender coisas novas e mesmo “conversar” com os seus amigos e familiares. Pode também enviar ou receber mensagens, desenhos, fotografias e partilhar muito da sua vida com aqueles de quem mais gosta. Mas a internet não é um local seguro e imune a perigos. Todos têm acesso a ela, o que inclui, para além daqueles que a criança conhece, muitos outros e nem todos com boas intenções. Por isso, é importante que os pais saibam o que as crianças veem, leem, ouvem, conhecem e partilham no mundo do www.
Vários pais abordam este tema nas consultas de rotina, principalmente quando os seus filhos ou filhas estão entre os sete e os doze anos e se começam a aventurar na net. Para aqueles que são pais, aqui deixo algumas dicas úteis para que esta aventura seja segura.
Algumas regras úteis
1 - Aprenda um mínimo sobre computadores. Para que possa estar à vontade (ou pelo menos quase) no mundo da internet, é importante que saiba alguns rudimentos de informática. Não tem de ser um especialista mas precisa de saber o essencial. Caso contrário, em três tempos (se calhar em dois) a criança já domina o computador muito melhor que os pais e torna-se difícil (senão mesmo impossível) algum controlo.
2 - Passe algum tempo em conjunto com o seu filho junto do computador. Nessa altura aproveite para lhe ensinar o que sabe e observe como ele se comporta enquanto “navega” na net. O que o entusiasma, o que pretende descobrir, com que facilidade consegue aceder ao que quer. Passada esta primeira fase de aprendizagem, quando a criança já está mais à vontade, passarem algum tempo em conjunto no computador permite aos pais alguma vigilância do conteúdo das páginas que a criança visita.
3 - Mantenha o computador numa área comum da casa, como no escritório ou na sala. Assim será mais fácil ir vendo o que a criança está a fazer. É um erro colocar um computador no quarto, onde a criança se fecha e onde pode navegar à vontade, sem qualquer controlo. Esta medida não vai ser, seguramente, bem recebida pela criança, mas os especialistas consideram-na fundamental.
4 - Armazene as páginas que a criança mais gosta de visitar. Para isso pode utilizar a opção “Favoritos” para que os locais mais visitados pela criança estejam disponíveis apenas com um clique do rato. Isto evita que a criança tenha que escrever repetidamente os endereços que pretende visitar, podendo levar a erros e a visitas indesejadas. Por exemplo, se a criança se enganar a escrever “sexto” e escrever “sexo”, aquilo que vai visualizar será muito diferente. O armazenamento das páginas permitidas nos “favoritos” permite evitar estes inconvenientes.
5 - Partilhe uma caixa de correio eletrónico (e-mail) com o (a) seu filho (a). Desta forma sempre que a criança recebe uma mensagem, ela pode ser também acedida pelos pais. Assim poderá manter-se a par dos e-mails que a criança recebe, nomeadamente de quem e com que conteúdo.
6 - Converse sobre os perigos da internet. Numa linguagem acessível para cada idade, explique quais os perigos que podem existir para qualquer criança que navegue na net, se alguns cuidados não forem seguidos. Oriente-a sobre a forma como deve proceder se alguém desconhecido a estiver a contactar.
7 - Use um controlador de acesso aos conteúdos da internet. Existem programas especiais que podem ser instalados no seu computador e que permitem bloquear o acesso das crianças a determinados locais da internet, como sejam aqueles que contêm determinadas palavras ou determinadas imagens. A maioria dos programas antivírus também contém esta possibilidade. No entanto, nunca se esqueça que, por mais eficiente que seja o programa, os melhores controladores são sempre os pais.
8 - Proíba que a criança entre em “chats”, ou seja, em locais da internet onde pode conversar com desconhecidos. Estes locais têm sido os principais causadores de muitas preocupações e algumas desgraças. Se é deixada à vontade ela arrisca-se a “conhecer” pessoas indesejáveis que utilizam a internet para entrar em contacto com crianças, sob a capa do anonimato.
9 - Ensine a criança a que nunca deve partilhar dados privados. Em caso algum a criança deve, numa página da internet, colocar o seu nome completo, a sua morada, o telefone ou telemóvel. Da mesma forma, nunca deve revelar a desconhecidos que escola frequenta ou enviar fotografias suas ou de familiares. De preferência deve utilizar uma “alcunha”, apenas conhecida pelos seus amigos e familiares, de forma a impedir que estranhos a identifiquem.
10 - Ensine a criança que não deve responder a desconhecidos que lhe possam enviar mensagens ou e-mails, mesmo que pareçam muito inocentes. A criança só deve contactar com pessoas que conheça, amigos ou familiares.
11 - Compre e instale um programa de proteção para vírus. A internet é um viveiro dos mais agressivos vírus informáticos que estão sempre prontos a atacar o seu computador. Se utilizar a internet, ou se as crianças a frequentam, é muito importante que possua um destes programas. Caso contrário arrisca-se a que o seu computador seja atacado e “destruído” por um qualquer vírus, ficando inutilizado.
12 - Modere o tempo que os seus filhos passam na internet, tal como deve fazer em relação à televisão e consolas de jogos. Mesmo se esquecermos os potenciais perigos da internet e só pensarmos nas suas vantagens, não nos podemos esquecer que é muito importante para o desenvolvimento normal e harmonioso de uma criança o contacto físico (e não apenas virtual) com outras crianças e com adultos, como os seus pais. Por isso, deve estabelecer períodos em que o acesso à internet é permitido. Os sistemas operativos mais atuais já contemplam uma opção para os pais definirem horários e duração de acesso à net. Estes períodos devem alternar com outros em que a criança brinca com jogos próprios para a sua idade. Não caia no erro de transformar a internet numa “ama eletrónica”.
EM CONCLUSÃO
A internet pode ser uma fonte de aprendizagem fantástica para os seus filhos. Através dela podem conhecer o mundo que os rodeia e comunicar com ele. Mas é importante ter consciência dos potenciais perigos e que, do outro lado da rede, estão muitas vezes pessoas mal-intencionadas que querem prejudicar os seus filhos. Para evitar estes perigos algumas regras devem ser seguidas, para que a criança possa desfrutar da internet livre de riscos.
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Filipenses 4:8: Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.