Especialistas mostram os principais tropeços que levam os casais a pedir o divórcio
da redação
18/12/2009
Quem casa quer casa, companheirismo, sexo bom , fidelidade, nenhuma desavença. A lista de desejos antes do sim é extensa. Ainda assim, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), no ano de 2008, entre separações e divórcios, foram 290.963 rompimentos em todo o país. Quais as justificativas e explicações para tantos rompimentos? Segundo especialistas, a maior parte dos casais que chegam até o juiz poderia pecar menos e evitar o não.
O casamento pode não ser tão exato quanto a matemática, defende o psicólogo e especialista em Gerontologia Wallace Hetmanek. Porém, segundo ele, manter a união depende de contas bem feitas. E não é falta de romantismo: é preciso somar fatores como parceria e cumplicidade, e dividir experiências. “Esses fatores vão somar uma série de histórias interessantes que vão se transformar na vida de um casal. O resultado deve ser sempre positivo. Se a conta der negativa, é preciso rever e analisar todo o processo, até que se encontre um resultado satisfatório para os dois”, afirma.
O conto de fadas ficou na infância, afirma a psicóloga Andrea Fernandes. Casamento é para gente grande e, na vida real, a matématica pode ser mais complexa que o um mais um igual a dois. "Não podemos enumerar os passos para um casamento de conto de fadas, já que sabemos que atribulações e embates sempre vão existir nos relacionamentos humanos. Porém, devemos atentar para pequenas atitudes que podem tornar o casamento mais agradável e feliz", afirma.
Amor não basta, atesta o especialista em Sexualidade Humana Arnaldo Risman. Ficar fora das estatísticas do divórcio exige também jogo de cintura e maturidade. São pessoas assim que conseguem dar – para receber – compreensão, respeito, confiança. No final das contas, o saldo deve ser sempre positivo.
O Maisde50 conversou também com a psicóloga Maria Valéria Valésia, e listou os sete pecados que podem transformar o seu casamento em um fiasco.
1- Rotina
Se você pensa que aliança é sinal de eternidade afetiva, você está enganado. A rotina é um dos fatores que podem levar o casamento à falência. Não podemos, jamais, esquecer que somos seres constantemente em transformação psicológica, física e emocional. Assim sendo, não permita que sua relação fique na rotina ou caia nela, pois sem o poder da criatividade afetiva, o desenvolvimento de seu casamento não será “E viveram felizes para sempre".
2- Falta de diálogo
Falar é uma função importante do ser humano e precisa ser levada para o casamento. Não significa, necessariamente, discutir relação, mas antes da necessidade desse fator, a conversa e o diálogo precisam ser construídos ainda durante o namoro. Esta construção é feita por meio de falas que são, muitas vezes, silenciadas neste período. Se você não possui este espaço em seu relacionamento, construa-o para que no futuro não tenhas problemas de diálogo.
3- Não dar a devida importância ao sexo
A sexualidade permite e propicia a intimidade necessária, a manutenção da união. Cuidar de si mesmo, da aparência, da saúde, revela um cuidado com o outro também. Depois do casamento nada pode melhorar se, hoje, está ruim. Não acredite que o casamento pode resolver problemas relacionados à sexualidade do casal. O que está ruim antes pode ser pior depois. Antes de tudo, converse com seu parceiro para poder melhorar o que você acredita que não anda bem. Parceria sexual é importante durante todo o casamento, pois depois de um período, muitas vezes, só amante resolve.
4- Excesso de Trabalho
Quando casamos temos que ter em mente que naquele momento estaremos dividindo espaços, sonhos e fantasias no mesmo terreno. Assim sendo, pense bem quando o convidarem para um aumento de salário e de trabalho também, pois alguém vai sair perdendo e pode ser você mesmo. Nem sempre dinheiro realiza sonhos, ele pode ser uma grande poupança para pagar o advogado na separação. As perdas são grandes: tempo e vontade de fazer amor, dificuldade de conversar quando chega em casa, trabalhos que são levados para casa em vez de ter tempo para namorar, lanchar ou qualquer outra coisa. Objetivos de casal são necessários na vida, mas não podemos perder o foco que existe entre um casal, uma relação que precisa ser alimentada diariamente.
5- Falta de atenção e afeto
Se não existir afeto entre os parceiros é porque há um sério problema dentro de uma relação. Afeto e carinho são essenciais em qualquer relação – todos precisam de um pouco, especialmente vindo da pessoa amada. É preciso dar atenção ao parceiro, se mostrar feliz quando ele ou ela chega em casa do trabalho, dar um abraço, acordá-lo com um beijo, fazer um carinho, um cafuné. Uma demonstração de carinho nunca é demais e não faz mal á ninguém.
6- Ciúme
Um pouco de ciúme é tolerável, mas quando chega a certo nível, como a necessidade de controlar o parceiro, surgem as brigas desnecessárias, que deixam ambos infelizes e desgastam. Se existem problemas com ciúmes exagerados, procure um psicólogo para buscar uma explicação dessa insegurança, que pode estar ligada até mesmo a infância ou traumas em relacionamentos passados.
7- Guardar mágoa
Muitas vezes nem percebemos que estamos magoados com algo que foi feito ou dito, e nosso parceiro não entende que há algo errado em nosso comportamento. O melhor é trabalhar esse sentimento e saber apagá-lo. Não saber perdoar o parceiro é um grande equívoco dentro de um relacionamento. Lembre-se sempre de que ninguém é perfeito. Outra opção é conversar sobre a mágoa, sem acusações.O perdão não deve ser instrumento de uso corriqueiro, pois além de torná-lo banal, o seu significado acaba se perdendo no meio do caminho.
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Filipenses 4:8: Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.