quarta-feira, 6 de maio de 2015

Do cuidado que se deve ter com pessoas invejosas:

Ocultai, tanto quanto poderdes, o bem de vossa casa: há almas, para as quais, a vista do bem e da ventura dos outros é uma causa de ódio e de negras acusações. Escondei os vossos sucessos, ou, pelo menos, fazei-os perdoar, por uma grande modéstia; sede, tanto quanto depender de vós, como o regato que deriva sob a folhagem. Receai as naturezas orgulhosas, para as quais a elevação dos outros é um ataque direto à sua personalidade e à sua sede de engrandecimento. Vivei sob o vosso teto, derramai a alma num pequeno círculo de pessoas amigas, mas tende ainda o cuidado de as escolherdes. Bem longe está do meu pensamento o aconselhar-vos a misantropia, ou a reserva exagerada, que seria um obstáculo à prática das obras de caridade; recomendo somente a justa ponderação das coisas, o sábio temperamento pelo qual, fazendo todo o bem, tomareis as vossas precauções contra a malícia dos homens, e as pequenas serpentes de vaidade e de ciúmes que se podem encontrar na esquina de cada rua.

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Filipenses 4:8: Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.