Cinco segredos que vão deixar sua autoestima nas alturas
Por Ilana Ramos
06/10/2011
"Esta roupa me engorda?". "Você acha que minha maquiagem está boa?". Que atire a primeira pedra a mulher que não precisa ouvir a resposta destas perguntas para sentir-se bem consigo mesma. Não é incomum nos apoiarmos no que os outros pensam sobre nós para construirmos nosso autoconceito. No entanto, especialistas concordam que para uma pessoa sentir-se bem com quem é e tomar um verdadeiro banho de autoestima, precisa ouvir apenas uma única opinião: a própria.
Mais ou menos, todos nós gostamos de determinados aspectos da nossa aparência ou personalidade. De acordo com o terapeuta corporal Vicente Godinho, "a autoestima é um reflexo do nosso autoconceito, ou seja, da opinião que temos a nosso respeito. Ela indica o quanto gostamos de nós mesmos, o quanto nos valorizamos, nos respeitamos e nos aceitamos como somos. Quando sabemos reconhecer nossos valores e qualidades nos colocamos na vida com mais confiança, conseguimos expressar nossas ideias e sentimentos, valorizamos nosso trabalho e conseguimos buscar aquilo que desejamos. Sentimos que merecemos ficar bem e aproveitar a vida".
"A beleza vem de dentro". Esse famoso dito é uma maneira resumida de dizer que a interpretação que fazemos de alguns aspectos da nossa vida parte do que vemos em nós. "O que pensamos sobre nós mesmos é definidor na maneira como nos colocamos e nos portamos na vida. Se não acreditamos em nós mesmos ou não gostamos do que somos, quando recebemos um elogio sincero, por exemplo, podemos interpretar isso de forma equivocada, imaginando que a pessoa está sendo interesseira de alguma forma e por isso fez aquele elogio. Sendo assim, temos que tomar muito cuidado, pois o mundo externo é um reflexo do que existe dentro de nós! Podemos estar interpretando errado muita coisa na vida simplesmente por ter uma opinião ou uma crença distorcida a nosso respeito", diz Vicente.
Muitas mulheres – especialmente as que já passaram dos 50 – se veem intimidadas diante do padrão de beleza imposto pela mídia. Para a psicóloga de imagem Marjorie Vicente, "a autoestima pode ser construída como uma característica permanente da personalidade, um traço mesmo. Acredito que o padrão imposto pela mídia contribui fortemente para a insegurança das mulheres, em especial, as que não possuem a autoestima como traço. Por isto, o mais importante no trabalho psicoterápico é que a pessoa se conheça, se aceite com defeitos e qualidades e saiba exatamente de onde vem a motivação para mudanças, se é algo intrínseco ou motivado pelo bombardeio diário da publicidade e da ditadura do corpo ideal".
Ter a autoestima nas alturas não significa necessariamente que a pessoa deva se colocar acima de tudo e de todos, mas apenas sentir-se bem com quem é. "Como em tudo na vida, o equilíbrio da autoestima também é fundamental. O excesso pode colocar a pessoa acima do bem e do mal, sem considerar as opiniões alheias e o contexto em que está inserida. Assim como na baixa autoestima, o indivíduo é completamente vulnerável ao outro, quando há excesso, o indivíduo ignora o outro e as suas considerações. O que pode resultar em uma personalidade extremamente egocêntrica", alerta Marjorie.
Se você ainda tem dificuldades para se sentir confortável com que é, o terapeuta Vicente Godinho preparou uma série de dicas muito interessantes para te ajudar a construir uma autoestima bem elevada, degrau por degrau. Veja a seguir:
Cuidado com a comparação:
Cuidado com a armadilha da comparação, isso só vai nos fazer sentir inferiores e insatisfeitos. A comparação não cabe já que cada um tem sua natureza, seu jeito e ritmo. Quando, nessa atitude, estamos deixando de valorizar e aproveitar nossas qualidades, diferenciais e potencialidades, desperdiçando nossos talentos e habilidades naturais. Aceite que você é um ser único, saiba reconhecer e valorizar isso. Olhe para você e aceite quem você é de verdade.
Valorize sua natureza:
Na história infantil "O Patinho Feio", o patinho se sentia mal e inferior porque era diferente dos outros, depois começou a se sentir orgulhoso da sua diferença porque entendeu que isso era a marca da sua qualidade, de algo que o diferenciava dos demais. Afinal, ele não era um pato, mas sim um cisne. Assim, a sua diferença que era algo visto como pejorativa passou a ser algo que o qualificava, que dava a ele uma distinção. Ser diferente não precisa ser ruim, é só você aceitar essa diferença e achar um valor (sentido) para isso!
Não espere a opinião dos outros:
Quando ficamos dependentes dos outros fazemos da nossa autoestima e do nosso
bem- estar uma verdadeira gangorra emocional, pois ficamos esperando de fora uma aprovação que às vezes vem, outras vezes, não. Deixamos que isso influencie a opinião que temos sobre nós mesmos. Se a resposta do outro for positiva nossa autoestima sobe, agora, se não for, começamos a nos sentir inferiores e por aí vai. Não precisa ser assim, você deve procurar se conscientizar do seu valor e importância, e não ficar esperando essa confirmação do outro. Se for assim, vai acabar sofrendo e ainda tendo uma opinião errada de si mesmo.
Reveja sua história:
Por quantas coisas você já passou, tantas questões que já se superou, o quanto já se melhorou, tudo que já construiu, o quanto você cresceu e aprendeu! Saiba reconhecer e valorizar isso, não fique só olhando o que ainda tem por fazer. Mas também saiba enxergar tudo que já fez na sua vida, e certamente é muita coisa. Pare de buscar e valorize o que você já tem ou já é.
Seja você mesmo: olhe para dentro, foque em você e seja fiel ao que você é. Quando olhamos para fora perdemos energia, nos fragilizamos e não entendemos o sentido da nossa vida. Se aceite. Tenha compaixão e respeito por si mesmo. Não se compare com ninguém, somos seres únicos, não existe certo ou errado, nem um modelo ideal. Quanto mais somos autênticos na vida mais beleza há nisso!
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Filipenses 4:8: Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.