segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Auto-conhecimento: aventure-se!

Cada um tem a idade de seu coração.
(Alfred d Houdetot)



Sabia que o auto-conhecimento é uma das competências fundamentais para conhecer os seus pontos fortes e fracos? E que a observação dos outros e a análise da forma como os outros nos percepcionam, permitem-nos formar uma ideia mais próxima daquilo que realmente somos?


Ritual: Dedique algum do seu tempo livre semanal na elaboração (mental ou escrita) de uma lista com os seus traços de personalidade, vivências emocionais marcantes, necessidades elementares e metas para a sua forma de ser e de se relacionar com os outros.

Da mesma forma que procuramos condições de conforto para o corpo –através por exemplo dos cuidados com a hidratação e alimentação, e também com o vestuário e acessórios que garantem a manutenção adequada da sua temperatura - também desejamos a estabilidade e equilíbrio da mente, afastando possíveis fontes de  conflitos e lutando pela manutenção (tanto quanto possível) de uma atitude positiva face à vida a aos seus desafios.

Nesta perspectiva, o auto-conhecimento apresenta-se como uma tarefa aparentemente dispensável, uma vez que a maioria de nós “refugia-se” na repressão inconsciente (o popular recalcamento) e/ou nas supressões conscientes para distanciar fontes geradoras de ansiedade e humor depressivo.
No entanto, parece constatar-se que um melhor auto-conhecimento proporciona inúmeros benefícios, entre os quais uma melhor percepção daquilo que somos e das nossas relações sociais, e permite-nos monitorizar, cuidar e explorar o nosso aparelho psíquico com maior detalhe.

Contudo, deve salientar-se que a manutenção de algumas “auto-ilusões” moderadas - como a crença de que somos um pouco mais generosos, inteligentes e atraentes do que aquilo que é sugerido aquando de uma mais objectiva análise da realidade – pode, pontualmente, também ser benéfica para a nossa saúde mental!

A CONSIDERAR:

•    Procure registar com regularidade as suas experiências emocionais e pessoais. Este procedimento favorece um entendimento mais claro de eventuais problemas, reduzindo (ou até excluindo) pensamentos excessivamente (ir)racionais, bem como preocupações alheias.

•    Elabore uma lista com os principais traços daquilo que gostaria de ser (aspectos a melhorar) e daquilo que considera ser (características individuais), evidenciando tanto as valências positivas como aquelas que pensa serem contraproducentes em relação ao seu objectivo. Verá que esta tarefa - nem sempre fácil de fazer - contribuirá para um melhor conhecimento de si mesmo.
•    Questione-se frequentemente até onde pode ir (ou quer ir) enquanto pessoa, tendo como meta final o conhecimento (e a desejável aceitação) de si mesmo e uma melhor consciência do seu potencial enquanto pessoa. Alguns exemplos de questões que pode fazer são: “Quero ser tal e qual como fui nos últimos 10 anos?” “Qual o meu pior defeito e qualidade?” “O que poderei explorar mais em mim e quais os aspectos mais contraproducentes para a minha vida?” “Quero ser um melhor pai?” “Serei um profissional competente?” “Até que ponto sou um bom companheiro?” “Poderei ser um amigo mais dedicado?”
•    Tente perceber quais são as suas necessidades básicas enquanto pessoa, visto que estas são, em grande parte, organizadoras do nosso comportamento. Será que a sua maior necessidade é viver desprendido de bens materiais? Ou será manutenção de estabilidade económica? Será a independência? Ou a necessidade de limites? Neste processo, tenha em conta que quando uma necessidade está satisfeita há bastante tempo (p.ex. a estabilidade económica), a tendência é que esta seja sub-avalidada!
•    Examine cuidadosamente a forma como as outras pessoas o percepcionam e/ou definem, e tente perceber em que sentido a sua perspectiva difere das restantes – muitas vezes mais completas e reais. Numa perspectiva inversa, procure também observar os outros – tanto na sua forma de ser como na sua forma de estar - e adopte para si o melhor de cada um!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Filipenses 4:8: Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.