Existem certas qualidades num verdadeiro amigo que não devem ser 
ignoradas. Aqui ficam os cinco pontos essenciais – existem muitos mais, 
mas estes sim são imprescindíveis – que distinguem um amigo autêntico de
 um enganador.
1.    Ri-se connosco e de nós?: Um verdadeiro amigo sabe partilhar connosco os 
momentos de alegria. Não tenta ofuscar o centro das atenções e é genuíno
 na forma como fica contente pelo seu companheiro. De tal forma genuíno,
 que sabemos que quando se ri de um erro estúpido que fizemos ou de uma 
situação mais constrangedora em que estivemos envolvidos, não existe 
nada de ‘maligno’ ou de gozo nas suas gargalhadas. Sabe apenas 
relativizar os problemas e ajudar-nos a ver o lado cómico do 
acontecimento;
 2.    Chora connosco e por nós?: É também aquele que sabe partilhar a dor – sem a 
relativizar, mas também sem exagerar. Não pergunta se precisamos de 
ajuda, parte logo para a acção. Conhece-nos de tal forma, que sabe que 
não vão ser as ‘palmadinhas nas costas’ que nos vão ajudar, mas sim uma 
conversa sincera ou uma ida ao cinema sem grandes confusões, por 
exemplo. É o amigo verdadeiro que sente a nossa tristeza e que sofre 
connosco, não deixando para trás aquilo que nos magoou e partilhando a 
dor que nos foi provocada;
 3.    Frontalidade acima de tudo?: O verdadeiro amigo é aquele que nos aponta os erros 
de uma forma construtiva, sem ‘deitar abaixo’ e exageros. Valoriza as 
nossas qualidades e identifica-se com as nossas virtudes, mas 
aconselha-nos a seguir caminhos diferentes quando percebe que as nossas 
escolhas podem não ser as mais acertadas; 
4.    Não faz julgamentos?: Apesar de detectar o erro, este amigo não nos irá 
apontar o dedo caso decidamos continuar no mesmo caminho. Pode não 
concordar com as escolhas, mas irá guardar o nosso segredo e não irá 
rotular-nos apenas com base num erro. Não vai espalhá-lo pelo nosso 
grupo de conhecidos ou comentar com outros amigos, pois sabe que a 
lealdade e a confiança são qualidades que demoram a conquistar, mas que 
se perdem em apenas cinco segundos; 
 5.     Igualdade de dedicação?: As amizades demoram tempo a construir-se. Seguindo o 
exemplo dado por Saint-Exupéry no livro ‘O Principezinho’,  temos que 
ser responsáveis por aquilo que cativamos. No entanto, não pode haver 
esforço apenas de um lado. Temos que nos dedicar aos nossos amigos, 
devotar-lhes parte do nosso tempo, mas este tipo de dedicação tem que 
ser recíproca. Ou seja, o verdadeiro amigo é aquele que não fica à 
espera que lhe liguemos a perguntar se quer ir tomar café, mas que 
também tem a iniciativa e arranja espaço na sua agenda para nos 
proporcionar verdadeiros momentos de lazer.
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Filipenses 4:8: Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.