terça-feira, 28 de setembro de 2010

Como sobreviver a uma tampa

Depois de semanas, ou até mesmo meses, à espera do momento ideal para a nossa declaração de amor àquela pessoa que pensávamos ser a nossa alma gémea, recebemos como resposta aquela frase terrível: "Eu gosto muito de ti mas como amiga/o..."

É cruel! Tanto tempo perdido a organizar um plano de ataque, a estudar os seus hábitos, a conhecer os seus gostos e - pior do que isso - a apaixonarmo-nos! e a resposta é esta?! Mas onde é que está a justiça deste mundo?

Mas a vida continua e não é por isso que nos vamos trancar em casa a ler livros sobre auto-estima! Se estás nesta situação de rejeição, perdão, erro de diagnóstico, não desesperes. Levanta a cabeça, endireita os ombros e... reage! É claro que, depois de se levar uma tampa, a nossa auto-estima está completamente no fundo do poço e é difícil encontrar alguma coisa (ou alguém) que nos anime. Os primeiros sentimentos são de negação: "Ninguém gosta de mim!"; "Não faço nada bem feito!"; "Sou horrível"; são disparates que nos passam pela cabeça. Mas não passam de... disparates.

Depois de se ouvir aquele "não" tão definitivo, o primeiro impulso vai para a procura da solidão. Não faças isso! Só te vais sentir pior e o teu período de "fossa" vai prolongar-se sem necessidade nenhuma. Se te sentires muito triste, chora. Chorar não é sinal de fraqueza e alivia o desgosto. Chora litros, baldes, rios de lágrimas. Depois de umas boas lágrimas vertidas vais sentir-te outra pessoa, pronta para seguir em frente.

Em vez de passares o dia a bater com a cabeça na parede à procura de respostas para a tampa que acabaste de levar, tenta aceitá-la como mais um facto da vida. Se calhar aquele(a) não era a pessoa da tua vida e assim até foi melhor. No calor do momento esta vai parecer-te uma ideia completamente absurda mas, depois de pensares um bocadinho, podes vir a perceber que tudo aquilo que sentias não passava de amizade algo "inflacionada".
Bem, se calhar não era só amizade. Se calhar havia mesmo uma possibilidade de as coisas darem certo. O problema é que, às vezes, o nosso timing não é igual ao das outras pessoas...

De qualquer maneira, levaste a tampa e agora é preciso reagir à sensação de vazio que te assolou. Esquece as ideias parvas que te estão a passar pela cabeça sobre a culpa ser tua. Não é! Pensa que, infelizmente, não tinha de ser! Se calhar daqui a uns tempos vais achar que foi melhor assim...

Vai ter com os teus amigos e desabafa. Um ombro amigo é sempre uma grande solução para os nossos problemas. Ter pessoas à nossa volta que gostam de nós e se preocupam connosco é muito importante.

Nem penses em andar de roda dele(a) para ver se muda de ideias. Isso só vai servir para lhe dar mais autoconfiança e achar que é "o(a) maior da rua dele(a)". Tenta mostrar que o "não" que levaste não te afectou e que a vossa amizade vai continuar como era dantes. Claro que esta é a parte mais complicada porque, se continuares com os mesmo sentimentos, vai ser difícil olhar para ele/a "só" como amigo/a. Mas podes sempre tentar...

Aproximares-te dos amigos dele(a) para os tentares convencer de que tu és tudo aquilo de que ele(a) precisa também não é muito boa ideia. Normalmente não dá grande resultado e a única coisa que vais conseguir é que os amigos dele(a) se "enjoem" com a tua conversa.

Não procures aquele(a) teu(ua) eterno(a) apaixonado(a) para lhe fazeres ciúmes. Vais magoar-te a ti e àquela pessoa que sonha contigo há tanto tempo e não vais conseguir resultados práticos. Lembra-te que um amor só se cura com outro amor se for verdadeiro...

O que deves realmente fazer é reagir o melhor que puderes. Lembra-te que a vida é feita de boas e más experiências e que esta, por pior que seja, te vai ser muito útil daqui a uns tempos. Muitas vezes, é com as coisas más que aprendemos a viver melhor e, principalmente, que crescemos como pessoas.

A amargura que estás a sentir neste momento vai dissipar-se com o tempo (dizem que o tempo cura tudo) e o teu estado de espírito vai melhorar aos poucos. Daqui a uns tempos já nem te lembras...
Vai passear, sair com amigos, espairecer um bocado. Tristezas não pagam dívidas, lembras-te? Veste a tua roupa mais gira e sai de casa. Se fores do género carente de açúcar, vai à pastelaria mais próxima vingar-te num bolo com chantilly (só um, meninas - têm de continuar lindas para a próxima). Vais ver que vais sentir-te melhor!
Afinal, ele/a até nem era nada de especial...

sábado, 25 de setembro de 2010

Semivegetarianismo

Semivegetarianismo é um termo usado para descrever a prática de comer carne (geralmente branca) em menos de três refeições por semana. Não é uma dieta vegetariana.
Há também outras definições, como a prática de uma dieta em que se retira da alimentação alguns tipos de carne, sobretudo a vermelha, não havendo impedimento estrito ao consumo de peixes, aves de capoeira, leite, ovos, e derivados destes produtos, embora muitas vezes mesmo esses produtos sejam evitados.

PRECONCEITOS E REALIDADES DO VEGETARIANISMO


Preconceito: Os vegetarianos não consomem proteínas suficientes.
Realidade: Os vegetarianos consomem proteínas suficientes, sim. O que os vegetarianos não consomem são proteínas em excesso.

Preconceito: Os vegetarianos(em especial os vegans) não consomem cálcio suficiente.
Realidade: Os vegetarianos e vegans consomem cálcio suficiente porque absorvem melhor o cálcio dos alimentos. Nas dietas convencionais, os excessos de proteínas dificultam a boa absorção de cálcio.

Preconceito: Os vegetarianos comem aves e peixes.
Realidade: Não comem. Para muitas pessoas que estão trabalhando no sentido de se tornarem vegetarianas, aves, peixes, ovo s e laticínios podem ser alimentos de transição, mas não são alimentos vegetarianos. Ser um vegetariano significa, no mínimo, não comer nenhum tipo de carne.

Preconceito: Todos os vegetarianos são ativistas ecológicos ou de proteção aos animais.
Realidade: A maioria das pessoas que se tornam vegetarianas são unicamente por motivos de saúde. O segundo motivo mais comum é o respeito aos animais. Não são todos os vegetarianos que assumem uma postura ativa contra as crueldades cometidas contra os animais, mas a dieta vegetariana em si mesma já é um enorme ato de compaixão para com eles.

Preconceito: Vegetarianismo é coisa de mulher.
Realidade: De fato, há mais mulheres do que homens vegetarianos. Mas isso acontece porque, numa sociedade machista, comer carne muitas vezes é um símbolo de masculinidade e virilidade. Valores como a não-violência e a compaixão são percebidos como símbolos de feminilidade, e são depreciados ou temidos pelos homens, numa sociedade machista.

Preconceito: Os vegetarianos são esquerdistas.
Realidade: Há vegetarianos em todas as correntes políticas, filosóficas e religiosas, sendo correto dizer que existe uma tendência mais reformista do que conservadora entre eles.

Preconceito: É um desastre convidar um vegetariano para jantar fora porque ele é muito complicado.
Realidade: É claro que não vai dar certo convidar um vegetariano para um lanche no McDonald’s(o melhor é boicotar o McDonald´s) ou um churrasco, mas almoçar ou jantar com um vegetariano não representa o menor problema. Em muitos restaurantes há pratos que um vegetariano comeria. Na maioria das culturas há sempre pratos feitos exclusivamente com produtos vegetais.

Preconceito: Os vegetarianos adoecem mais facilmente.
Realidade: Assim como qualquer pessoa que tem uma dieta comum, há vegetarianos que adoecem facilmente e outros que nunca ou quase nunca adoecem. O que ocorre é que os vegetarianos são normalmente muito menos propensos a ataques do coração, câncer de mama, osteoporose e outras doenças relacionadas com excesso de consumo de proteínas e gorduras saturadas.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Boletim Objectivo 2015 - SET 2010

NOTÍCIAS

A Hora da Verdade
Angola Levanta-se na Educação
Clima e Género
Educação Proibida


PENSAR: Nova Iorque, Nova Iorque

AGENDA: "8 a 8"

BI: Agência ODM

NOTÍCIAS
A Hora da Verdade
"Não podemos faltar aos milhões de pessoas que esperam da comunidade internacional que cumpra a promessa de um mundo melhor contida na Declaração do Milénio. Vamos encontrar-nos em Setembro para cumprir a promessa". O apelo de Ban Ki-moon, Secretário Geral da ONU, pretende mobilizar vontades para o cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Os ODM estão ameaçados por um contexto económico recessivo e pelo falta de vontade política. A próxima cimeira da ONU, que decorre em Nova Iorque nos dias 20, 21 e 22 , é o momento decisivo para resgatar os ODM. Por todo o mundo, a sociedade civil está em marcha para pressionar os seus líderes no sentido de fazerem mais e melhor pelo bem comum.
+ Objectivo2015 | Cimeira ONU

Angola Levanta-se na Educação
"Assentei muitas vezes no chão. A pessoa tinha de ir cedo porque havia mais ou menos 50 ou 70 alunos e só havia 20 cadeiras", recorda Maria Gonçalves, aluna da instrução primária em Luanda nos anos 70. Mas as crianças angolanas encontram hoje um panorama distinto: mais de dois milhões foram matriculadas no ensino primário desde 2002. Contudo, cerca de 1,2 milhão continuam fora da escola. Na África Subsariana, a taxa de matrícula escolar atingiu recentemente os 71%. Segundo dados da ONU, 58 dos 86 países que ainda não cumpriram a meta de acesso universal à educação primária não o irão fazer até 2015, a menos que haja uma aceleração nos esforços nesta área. O pagamento de propinas permanece um dos principais obstáculos ao alcance do segundo Objectivo do Milénio na África Subsariana. Em muitos países do continente, as propinas representam ¼ do rendimento de uma famíla pobre. Em Angola, o ensino primário é gratuito.
+ Carlos Araújo – Rádio ONU

Clima e Género
O governo moçambicano tem dado particular atenção às questões de género nas suas políticas de desenvolvimento para mitigar o impacto das alterações climáticas, em particular no sector agrícola. Pretende-se garantir a igualdade de acesso aos recursos por parte de mulheres e homens, num país que tem sido particularmente afectado nos últimos anos pelas alterações climáticas – sendo as cheias o efeito mais dramático. Um estudo recente sobre Moçambique conclui que as alterações climáticas têm um impacto mais forte so bre as mulheres, forçadas a acumular o trabalho que os homens deixam de realizar quando migram para a cidade após uma catástrofe natural.
+ Fundação Heinrich Böll – "Género e Alterações Climáticas"

Educação Proibida
Hilaria Supa é uma figura política invulgar. Aos 52 anos, sem nunca ter frequentado a escola, esta peruana da etnia indígena Quechua foi eleita para o Congresso nacional, onde chefia o comité para a educação. Ponto essencial da sua agenda: acesso à educação para todas e todos, em especial os povos indígenas. A activista indígena sofreu desde cedo a discriminação, dado que a sua família trabalhou para um proprietário rural que maltratava os camponeses, indo ao extremo de violar mulheres. "Para pessoas como eu, a educação é proibida", a firma. No Peru, 11% das mulheres são analfabetas (face a 4% dos homens). Entre os Quechua, a percentagem sobe para 31%.
+ Ángel Páez – Inter Press Service


PENSAR
Nova Iorque, Nova Iorque _Sara dias
Passaram já dez anos desde a Cimeira do Milénio em 2000, onde os então líderes mundiais inspirados pelos princípios da ONU, firmaram um sério compromisso de juntar esforços para o cumprimento de 8 objectivos muito concretos que especificam metas mensuráveis para um desenvolvimento sustentável a nível global. Metas ambiciosas que para lá do sonho, se pretendiam colocar no campo do real, do possível, noutra esfera que não a da demagogia.
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AGENDA "8 A 8"
Green Festival 2010 / Gingko
10 a 17 SET Estoril Centro de Congressos
"Levanta-te Contra a Pobreza" / Campanha do Milénio
17, 18 e 19 SET
Concurso "Music Against Poverty" / Comissão Europeia
Até 30 SET
BI
Agência ODM
A Agência ODM dinamiza iniciativas de sensibilização para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio junto dos jovens. É uma missão difícil, confessa João Mesquita, um dos muitos Agentes ODM, pois os portugueses não estão alerta. A aposta passa sobretudo pela activação dos jovens para a Campanha, e Joana Lopes, coordenadora da Agência, adianta que já no próximo ano lectivo vai arrancar nas universidades o ODM Campus Challenge.
+ Reportagem de André de Carvalho Ramos / ESCS